Deputado Alan Sanches relata ter sofrido ameaça de morte na Alba
Em vídeo publicado nas redes sociais, parlamentar diz que ficou sob a mira de uma pistola apontada por homem ainda não identificado
O deputado estadual Alan Sanches (DEM) divulgou um vídeo em suas redes sociais em que relata ter sido ameaçado de morte na noite da última sexta-feira (31), durante votação da chamada PEC da Previdência estadual —aprovada naquela ocasião por 45 votos a 7.
Segundo o parlamentar, um homem ainda não identificado apontou uma pistola em sua direção no momento em que ocorria um tumulto entre servidores públicos e parlamentares.
A sessão, conforme o bahia.ba registrou, foi bastante conturbada e chegou a ser suspensa após manifestantes contrários à proposta invadirem o plenário.
“[Foi] Um acontecimento que eu nunca esperei que eu fosse passar na Assembleia Legislativa. A gente tentou, por algum momento, esvaziar ali sessão porque tentaram agredir um deputado. Nesse momento, no ‘deixa disso’, um rapaz saca uma arma, uma pistola, e aponta pra mim, ameaçando a minha vida naquele momento. A menos de um metro e meio, dois metros de distância, eu não tive o que fazer. Seu eu fosse pra trás, ele pode me dar um tiro nas costas. Naquilo ali, eu fiquei de frente pra ele, tentando de alguma forma fazer com que ele não disparasse aquela arma”, diz Sanches na publicação feita neste domingo (2).
Ao bahia.ba, Sanches disse que adotará todas as medidas cabíveis para identificar e responsabilizar a quem chamou de seu “agressor”. Ele afirmou que também comunicou o episódio ao secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, presente na votação —a pasta diz que apura o caso.
O deputado lamenta ter sido ameaçado justamente no momento em que desempenhava sua função. “Passa um filme da sua vida. Você pensa em seus filhos ]…] São cabeças diferentes. São 63 homens e mulheres que pensam diferente, ideologias diferentes. Mas, independente do pensamento de cada um, eu acho que não era ali dentro de um recinto fechado, numa Assembleia Legislativa, uma instituição constituída, você simplesmente ser ameaçado de perder a sua vida”, acrescentou.
Em seu desabafo, Sanches também diz que tomará providências. “Isso tem que ser realmente apurado e responsabilizado. É só o que eu quero.”
Confira a íntegra do relato do deputado Alan Sanches:
“Refleti muito sobre isso, que me incomodou. Em alguns lugares [por] onde passei, as pessoas [ficaram] preocupadas se estava tudo bem comigo, com a minha vida. Um acontecimento que eu nunca esperei que eu fosse passar na Assembleia Legislativa. Eu estava na Assembleia Legislativa. A gente tentou, por algum momento, esvaziar ali a sessão porque tentaram agredir um deputado. Nesse momento, no ‘deixa disso’, um rapaz saca uma arma, uma pistola, e aponta pra mim, ameaçando a minha vida naquele momento.
A menos de um metro e meio, dois metros de distância, eu não tive o que fazer. Seu eu fosse pra trás, ele pode me dar um tiro nas costas. Naquilo ali, eu fiquei de frente pra ele, tentando de alguma forma fazer com que ele não disparasse aquela arma. Mas passa um filme da sua vida. Você pensa em seus filhos. Eu estava ali desempenhando a minha função. São cabeças diferentes. São 63 homens e mulheres que pensam diferente, ideologias diferentes. Mas, independente do pensamento de cada um, eu acho que não era ali dentro de um recinto fechado, numa Assembleia Legislativa, uma instituição constituída, você simplesmente ser ameaçado de perder a sua vida.
Não tinha nem motivo. Ali não tinha tido votação. Eu mesmo não tinha me pronunciado, e simplesmente recebo uma ameaça que queria tirar minha vida naquela hora ali. Mas, graças a Deus, estou bem.
Quero dizer que estaremos buscando responsabilizar todos as pessoas que, por algum motivo, [estiveram] infringindo a lei. Tenho certeza que a justiça vai ser feita. A gente precisa ter demonstrações [de justiça].
Se eu estava ali, desempenhando o meu papel de deputado estadual, dentro da Assembleia Legislativa, fui ameaçado de morte, imagine o que esse rapaz pode fazer com um cidadão comum, numa desavença na rua, numa discussão em qualquer lugar.
Isso tem que ser realmente apurado e responsabilizado. É só o que eu quero. Mas quero dizer que, Graças a Deus, estou bem. Não sofri absolutamente nada.”
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