Publicado em 07/02/2020 às 14h34.

Apresentador do ‘Bom dia SP’ se defende após acusação de racismo

"Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, (...). Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei", disse

Redação
Foto: TV Globo
Foto: TV Globo

 

O apresentador do Bom Dia São Paulo, Rodrigo Bocardi, usou uma rede social para se defender de uma acusação de racismo após um comentário durante o programa exibido na manhã desta sexta-feira (7). Bocardi pediu para que o repórter Tiago Scheuer perguntasse a um rapaz negro no metrô se ele trabalhava pegando as bolinhas de um clube de tênis. Segundo o ao vivo, o rapaz estava indo para o clube como atleta treinar.

 

 

“Muito triste a acusação de preconceito. Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje. Ao vê-lo com a camiseta que vejo sempre todos os dias, pegadores/rebatedores de todas as cores de pele, pensei que fosse um deles. Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida. Se soubesse, teria perguntado em qual área ou esporte trabalhava ou treinava”, escreveu o apresentador. O jornalista ainda explicou que veio de uma família pobre e que não teve intenção de ser preconceituoso. “Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, contínuo, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei”, disse.    

 

 

 

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Recuperei um trecho do #BDSP de uma outra sexta-feira, de um ano atrás, do dia 22/02/2019. E aproveito para fazer o esclarecimento abaixo: Muito triste a acusação de preconceito. Eu pratico tênis no Clube Pinheiros. Os jogadores de tênis não usam uniformes, mas os pegadores/rebatedores, sim: uma camiseta igual a do Leonel, com quem tive o prazer de conversar hoje. Ao vê-lo com a camiseta que vejo sempre, todos os dias, pegadores/rebatedores de todas as cores de pele, pensei que fosse um deles. Não frequento outras áreas do clube onde outros esportes são praticados. E não sabia que a camiseta era parecida. Se soubesse, teria perguntado em qual área ou esporte trabalhava ou treinava. Nunca escondi minha origem humilde. Comecei a vida como garoto pobre, contínuo, andando mais de duas horas de ônibus todos os dias para ir e voltar do trabalho e escola. Alguém como eu não pode ter preconceito. Eu não tenho, nunca tive, nunca terei. E condeno atitude assim todos os dias. Mas se ofendi pessoas que não conhecem esses meus argumentos e a minha história, peço desculpas. Não o chamei de pegador pela cor da pele ou pela presença num trem. Chamei-o por ver que vestia o uniforme que eu sempre vejo os pegadores usarem. Peço desculpas a todos e em especial ao Leonel. Obrigado. A post shared by Rodrigo Bocardi (@rodrigobocardi) on

 

Alguns internautas ainda o acusaram que trocar a foto de perfil da conta onde aparece cercado de crianças negras na justificativa de tentar se defender das acusações. Mas Bocardi rebateu e disse que a foto está no perfil desde a criação da conta, em 2003 período em que morou na Angola.

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