Publicado em 21/02/2020 às 14h33.

Secretário diz que ‘sucesso’ do Carnaval atrai ambulantes até de outros estados

"Cheguei a perceber pessoas de São Paulo vindo tentar comercializar e conseguir faturar um extra", afirmou Felipe Lucas, da pasta de Ordem Pública

Alexandre Santos / Estela Marques
Felipe Lucas, secretário de Ordem Pública de Salvador (Foto: Tiago Cruz/bahia.ba)
Felipe Lucas, secretário de Ordem Pública de Salvador (Foto: Tiago Cruz/bahia.ba)

 

O secretário de Ordem Pública de Salvador, Felipe Lucas, afirmou nesta sexta-feira (21) que o “sucesso” do Carnaval da capital tem atraído pessoas até mesmo de outros estados para trabalhar como ambulantes nos circuitos da festa. Ele atribui o suposto êxodo informal ao atual cenário de crise econômica do país, onde há 11,6 milhões de desempregados.

“A gente tem uma desigualdade social muito grande. A gente atravessa uma crise econômica nacional em que o reflexo dessa crise é o aumento do desemprego. A gente tem inúmeras pessoas a mais desempregadas buscando uma alternativa, um plano B, pra se sustentar, pra manter suas casas, e acabam recorrendo ao mercado informal”, disse Lucas em entrevista ao bahia.ba, na Sala de Imprensa Jornalista José Raimundo, no Campo Grande.

“Alguns são ambulantes de profissão, que vendem o ano inteiro. E uma grande parte desse número que a gente enxerga hoje são pessoas vindas de outros segmentos, mas que, com a falta de opção, acabaram tendo como plano B a ideia de se licenciar e vir trabalhar no Carnaval”, disse o secretário, que não explicou se esse público está licenciado para atuar no comércio de rua.

Segundo Felipe Lucas, são esperados ônibus de Feira de Santana, de Camaçari e de outras cidades vizinhas com ambulantes que esperam fazer uma “renda” na folia.

E prosseguiu: “Pra mim, o que justifica um pouco o aumento das pessoas que procuram o Carnaval de Salvador pra ganhar uma grana extra, pra fortalecer e tentar equalizar suas contas, é o sucesso do evento. Acho que isso [o sucesso] é uma coisa que tem atraído muito. Cheguei a perceber pessoas de São Paulo, pessoas de outros estados, vindo tentar comercializar agora no Carnaval e conseguir faturar um extra”.

 

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