Publicado em 23/02/2020 às 12h34.

Wagner lembra derrota de ACM Neto em 2008: ‘Ele achou que era maior que o avô’

Senador do PT defendeu três candidatos da base do governo para disputar pleito deste ano na capital baiana

Breno Cunha / Chayenne Guerreiro

O senador Jaques Wagner (PT) voltou a citar as eleições municipais de 2008, em Salvador, para defender a estratégia da base do governador Rui Costa (PT) de lançar até três candidatos a prefeito da capital baiana.

Wagner lembrou que em 2008 dois candidatos da base do PT, Walter Pinheiro (PT) e João Henrique (MDB), foram para o segundo turno da eleição municipal, enquanto ACM Neto (DEM), em terceiro, ficou de fora.

“Em 2008, a gente tinha três, eu falei: ‘não vou forçar a mão, porque qualquer um dos três poderia ir para o segundo turno’. Todo mundo achava que ACM Neto era um dos que ia para o segundo turno, e era outro de cá [que iria contra ele]. Acabou que ACM Neto não foi”, disse Wagner em conversa com jornalistas, no Campo Grande, neste domingo (23).

Segundo o senador petista, o atual prefeito de Salvador perdeu a eleição porque escondeu o nome “ACM” durante a campanha.

“Talvez porque naquele ano ele achou que ele era maior que o avô dele, aí ele escondeu o avô e só colocava Neto. Aí depois que ele perdeu, alguém disso a ele: ‘é, meu velho, você ainda tem que rodar um pouquinho para ser do tamanho do seu avô’. Aí ele passou a colocar ACM Neto, porque na verdade ele bebe na tradição do avô”, alfinetou.

Questionado sobre a desistência de Angelo Coronel (PSD), que lançou a esposa, Eleusa Coornel, candidata à prefeitura de Salvador, Jaques Wagner pontuou que foi este o conselho dado ao ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia.

“O nosso grupo é aberto, a gente realmente não tem um manda-chuva. Óbvio que a opinião do governador pesa, a minha pesa, mas aqui não tem o dono do grupo. Acho que por isso a gente está durando tanto tempo. Eu mesmo disse a ele [Coronel]: ‘se for colocar um nome com esse perfil, vindo dessa área mais empresarial, é melhor que seja o de sua esposa. Porque você já está com uma missão [em Brasília]’. Ele acolheu e colocou Eleusa. As pessoas as vezes têm vontade de colocar um nome, tem o de Olívia também. Eu acho que o máximo deveriam ser os três candidatos na nossa base”, afirmou.