Publicado em 12/05/2022 às 10h55.

Duas décadas após falência, Mesbla volta a operar no país no formato online

Licença para uso da marca foi negociada por dois irmãos, cujo pai foi funcionário da empresa por 61 anos

Redação
Foto: Divulgação
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Depois de 23 anos do decreto de falência, a Mesbla voltou a operar no Brasil neste mês, mas agora no formato digital. De acordo com informações da CNN Brasil Business, o marketplace da empresa conta com 250 mil produtos.

Ainda segundo a publicação, para retomar a marca, a companhia contou apenas com o investimento de dois CEOs, os irmãos Ricardo Viana e Marcel Jeronimo, cujo pai, Alfeu Viana, trabalhou na Mesbla por 61 anos. Foi também em uma antiga loja no Rio de Janeiro onde ele conheceu Adeilza Viana, sua atual esposa e mãe dos dois filhos.

O próprio Marcel também atuou na companhia como aprendiz, quando tinha 14 anos. Depois, ele prestou serviços como consultor técnico por dois anos.

Para o uso do nome da marca, Ricardo Viana revelou ter negociado uma licença de exclusividade, paga por meio de royalties, mas não informou o valor desembolsado.

Ele defendeu ainda que pretende retomar a confiança dos clientes, já que a empresa foi marcada por prejuízos e demissões. “A Mesbla está inserida na legislação de parceiro vigente, fazendo o split de pagamento com o parceiro comercial. [É preciso] trazer novamente a confiança, respeitar o cliente, realizando, por exemplo, um atendimento humanizado. Sempre dispostos a ouvir toda e qualquer demanda”, disse ele à CNN, segundo a qual, a empresa não terá um estoque próprio e trabalhará com produtos de terceiros.

Vale lembrar que em 1990, antes de falir, a companhia optou por estocar mercadorias em excesso, para tentar driblar a hiperinflação. A estratégia naufragou, pois em 1994, com a implementação do Plano Real, ela acabou enfrentando prejuízos, que levaram ao fechamento de lojas e demissões para tentar suprir a baixa no caixa.

Na ocasião, as dívidas chegaram a bilhões e a Mesbla pediu concordata. Em 1997, o empresário Ricardo Mansur, proprietário das antigas Lojas Mapping comprou 51% das ações da empresa por cerca de R$ 600 milhões, pensando em uma fusão. Como a dívida era muito alta e ele não conseguiu empréstimo junto ao BNDES, ele decretou falência.

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