Publicado em 27/06/2022 às 17h20.

PIB: como crescimento de 1% impacta os negócios no Brasil

Apesar da recuperação no primeiro trimestre do ano, os pequenos e grandes negócios podem enfrentar desafios no crescimento

Redação
Foto: Divulgação/ Agência Criativos
Foto: Divulgação/ Agência Criativos

 

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB),  soma de todos os bens e serviços produzidos, indica que o setor econômico do país está em ascensão, ou seja, quanto maior o PIB, mais riquezas o Brasil vem gerando. Esse avanço é resultado da reabertura econômica e recuperação do mercado de trabalho aliados à valorização das commodities. 

Segundo o último levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no dia 2 de junho, o PIB do Brasil registrou um crescimento de 1% no primeiro trimestre deste ano, ante o último trimestre de 2021. Em valores correntes, chegou a R$ 2,249 trilhões.

No entanto, apesar da recuperação nos primeiros três meses do ano, principalmente no setor de serviços – maior área impactada pelas recessões da pandemia -, os pequenos e grandes negócios têm pela frente um grande desafio para manutenção do crescimento econômico e valorização do poder de compra.

Para Ricardo Santos, especialista contábil e CEO da ConsulFis Contabilidade, os empresários acreditam que o crescimento do PIB tende a representar um aumento das vendas. Isso porque, de acordo com ele, “as pessoas passam a ter um maior poder de compra, e a economia de modo geral é beneficiada. Junto a isso, com o aumento das vendas, podemos ter um crescimento na geração de empregos formais, aumento de consumo e demanda”.

A tendência é que o segundo trimestre ainda traga um resultado positivo e alavanque um pouco mais a economia, apesar das expectativas do setor apontarem que o crescimento será menor do que o do primeiro semestre e nos meses seguintes a evolução do cenário tende a estagnar.

Diante deste cenário, o especialista aponta que as empresas precisam se manter atentas às variações na economia. Assim, será possível entender o funcionamento do mercado e traçar estratégias, para que as variações não gerem impactos negativos tão grandes nos negócios.

O CEO também destacou que a contabilidade consultiva pode ser uma grande aliada dos grandes e pequenos negócios para as futuras variações do PIB.

“Com o aumento do PIB, uma contabilidade consultiva poderá fornecer dados financeiros e econômicos para o empresário, de modo que ele possa apostar num produto ou serviço, decidir em fazer uma expansão ou um outro investimento. Então, o conceito de só lembrar da contabilidade no momento do pagamento de uma guia, por exemplo, precisa ser reformulado. A contabilidade consultiva atua lado a lado com o empresário, auxiliando na tomada de decisão”, explicou.

Segundo Ricardo Santos, o grande diferencial para as empresas é a gestão do negócio, a instituição precisa traçar estratégias e metas viáveis para a realização dos objetivos.

O especialista aponta que o crescimento de 1% no PIB não é um resultado grandioso, mas apresenta uma possibilidade de crescimento e retomada de ampliação melhor do que aquilo se previa no ano passado.

“O empresário precisa entender que ele tem a visão do negócio, entende o propósito e estabelece as metas que devem ser atingidas, a contabilidade consultiva pode ser uma aliada no processo, mas não exime o empresário das suas atribuições. É necessário que o contador consultivo e o empresário estabeleça períodos de análise, faça reuniões e mensure os resultados atingidos”, alertou.

 

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