Publicado em 04/05/2023 às 08h28. Atualizado em 04/05/2023 às 08h49.

Após paralisação parcial, ônibus voltam a circular normalmente nesta manhã

Rodoviários não descartam greve geral, nas próximas semanas; os locais mais afetados com a paralisação foram a região do Subúrbio Ferroviário e bairro de Pirajá

Gabriela Araújo
Foto: Jefferson Peixoto/Secom Salvador

 

Os soteropolitanos que utilizam os transportes públicos da capital baiana se deparou, na manhã desta quinta-feira (4), com poucos ônibus circulando na cidade. Isso porque o Sindicato dos Rodoviários realizou uma Assembleia Geral, determinando a paralisação de 20% das frotas. Conforme informações recebidas pelo bahia.ba, nas primeiras horas da manhã, a categoria se reuniu na garagem G1 de Praia Grande, localizada no Subúrbio Ferroviário. Em seguida, os rodoviários seguiram para a garagem G1 de Campinas de Pirajá, atrasando a saída dos transportes na localidade. As frotas já voltaram a circular normalmente.

Na capital baiana, existem oito garagens de ônibus, que contam com 1.800 veículos. Com a paralisação parcial dos transportes, foram afetadas 500 linhas, as demais circularam normalmente na cidade. De acordo com o presidente interino do Sindicato dos Rodoviários, Fabio Primo, a partir das 8h, todas as frotas voltaram a atuar de modo regular. As suspensões temporárias dos coletivos públicos é um alerta da categoria aos empresários, em virtude da campanha salarial. Segundo Primo, os rodoviários já tiveram quatro encontros com os donos de concessionárias, e até o momento, nada foi resolvido.

“Infelizmente, não tivemos nenhuma proposta por parte dos empresários e da Prefeitura. Já tivemos quatro rodadas de negociação, sem nenhum avanço. Hoje, tivemos uma rodada que escutamos dos empresários que eles não tinham dinheiro para fazer reajuste”, contou o presidente, na última quarta-feira (3), ao bahia.ba.

Em entrevista à Rádio Mix, na manhã desta quinta (4), o presidente não descartou uma paralisação geral da categoria, no período de 24h, nas próximas semanas. “Não descartamos, nesta semana ainda, uma paralisação geral de 24h de 100% da frota”, pontuou Primo.

O presidente interino ainda ressaltou que “não existe nenhuma rodada de negociação com a Casa. A Prefeitura, em nenhum momento, se manifestou. Mandamos um ofício para a Secretaria de Mobilidade e para o próprio gabinete do prefeito informando [sobre a campanha salarial], eles estão cientes”, destacou o sindicalista.

A categoria lista três pontos cruciais que estão sendo reivindicados: campanha salarial, a categoria busca um reajuste de 10% a 11%, compensação de horas extras e a permanência dos cobradores nas frotas dos coletivos. 

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