Publicado em 11/08/2023 às 10h12.

Advogado de Bolsonaro e pai de Mauro Cid são alvos de operação da Polícia Federal

Operação Lucas 12:2 faz alusão a versículo da bíblia que diz ‘Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido’

Redação
Fotos: Youtube | Divulgação/Alesp

 

O advogado Frederick Wassef, que já defendeu Jair Bolsonaro (PL), e o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, são alvos de uma operação deflagrada nesta sexta-feira (11), pela Polícia Federal (PF). De acordo com o UOL, a Operação Lucas 12:2 também mira o próprio tenente-coronel Cid, preso desde maio, e o tenente do Exército Osmar Crivellati.

Ligado aos Bolsonaro, Wassef já chegou a abrigar em seu sítio, em Atibaia, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PL), Fabricio Queiroz, quando ele estava foragido da Justiça. Já Lourena Cid tem relação antiga com o ex-presidente, tendo sido eles colegas na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman). Ele também dirigiu o Departamento de Educação e Cultura do Exército e foi chefe da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) em Miami durante o governo Bolsonaro.

Segundo a PF, durante a Operação Lucas 12:2 são cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois em Brasília (DF), um em São Paulo (SP) e outro em Niterói (RJ), com o objetivo de “esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro”.

Tais ilegalidades estão ligadas ao caso das joias e outros presentes dados a Bolsonaro em viagens oficiais fora do Brasil. De acordo com a Polícia Federal, os investigados são “suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”.

Conforme as investigações, os valores obtidos com a venda irregular dos presentes “foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.

As ações ocorrem dentro do inquérito policial que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, em tramitação perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

O nome da operação, por sua vez, é uma alusão ao versículo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.