Publicado em 26/09/2023 às 14h40.

‘A culpa da criminalidade na Bahia não é do governo Bolsonaro’, diz Félix

Questionado pelo bahia.ba, o deputado afirmou 'que a Bahia está sob uma intervenção federal branca'

Adriana Prado
Foto: Câmara dos Deputados

 

Presidente do PDT na Bahia, partido que integra a base do governo Lula no Congresso, o deputado federal Félix Mendonça Junior disse em entrevista ao bahia.ba que discorda do ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre a responsabilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela onda deviolência em Salvador e em cidades do interior do estado.

“Agora dizem que é culpa do governo dos últimos anos. Não é. Ele (Bolsonaro) pode não ter investido o que deveria na Bahia, mas a situação da segurança no nosso estado é uma questão antiga, de mais de 10 anos”, disse Félix, responsabilizando, nas entrelinhas, o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Na opinião do parlamentar, há mais uma década educação e segurança pública são tratadas “com descaso” na Bahia. “São problemas críticos, não são recentes, e só se agravaram ao longo dos últimos anos. Temos outras questões graves, como a desindustrialização e a falta de geração de empregos, que terminam influenciando na criminalidade.”

Embora Dino tenha descartado uma intervenção federal para conter violência na Bahia, desde a semana passada viaturas blindadas e homens da Polícia Federal estão no estado para reforçar ações de combate ao crime organizado. Segundo Félix Mendoça Jr., apesar de o governo negar, a Bahia vive o que chama de “intervenção branca”.

“É, sim, uma intervenção federal, pacífica, amigável, mas é. Toda providência é positiva, qualquer apoio federal para Bahia nesse momento é bem-vindo. A chegada das forças nacionais é muito providencial para tentar combater essa onda de horror que tomou conta do nosso estado”, considerou o deputado.

Félix afirma que “o descaso do Partido dos Trabalhadores (PT)”, nos últimos 16 anos de governo, é o principal agravante da criminalidade da Bahia. “Não se reprimiu essas facções. No meu entender , os grupos foram tolerados pelo governo, e hoje eles estão de um tamanho que representam ameaça do direito de ir e vir das pessoas. É preciso tomar medidas urgentes. Não podemos aceitar que as pessoas só transitem com autorização do tráfico.”

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