Estudo aponta que 91% das mulheres nunca fizeram exame que detecta reserva ovariana
Levantamento ainda indica que 45% das mulheres em idade fértil não sabiam da existência do exame

Uma pesquisa realizada em 2023 por uma indústria farmacêutica, apontou que 45% das mulheres em idade fértil não sabiam da existência de um exame que pode mensurar a reserva ovariana. E 91% das mulheres afirmaram que nunca realizaram a aferição de seus estoques de óvulos. Os dados são preocupantes, se considerarmos que até a metade da gestação, um bebê do gênero feminino tem de 6 a 7 milhões de óvulos. Quando nasce, esse número cai para 1 a 2 milhões. E, desse momento em diante, não para mais de reduzir. Na adolescência, por volta dos 12 ou 13 anos, quando costuma ocorrer a primeira menstruação, só restam em torno de 400 a 500 mil óvulos.
A perda de folículos em cada ciclo menstrual é inevitável. A partir dos 35 anos, aproximadamente, tanto a quantidade, quanto a qualidade desses óvulos diminui. Por esta razão, o ovário vai esvaziando até que, no fim dos 30 e início dos 40 anos, o estoque de óvulos no corpo feminino estará seriamente comprometido. Assim, a fertilidade vai decaindo, até chegar na menopausa, quando a mulher para de ovular.
“Se no passado, o início da maternidade era aos 20, hoje, a média de idade do primeiro filho supera os 35, com tendência a aumentar. O problema é que as mulheres já nascem com seu estoque total de óvulos e vai perdendo ao longo da vida. Quanto mais o tempo passa, mais ela reduz em quantidade e qualidade”, explica o médico especialista em reprodução humana Agnaldo Viana.
Desta forma, se a mulher tem planos de ser mãe e não está conseguindo engravidar, é importante que ela tenha dados sobre sua reserva ovariana. Ou se estiver dedicada à carreira ou a outros projetos e ainda não sabe se quer ser mãe futuramente. Com essas informações, obtidas através de exames (FSH, CFA e hormônio anti-mülleriano), os médicos podem avaliar como está a fertilidade e propor soluções, caso seja detectada uma baixa reserva.
O especialista destaca ainda que o principal fator da baixa reserva ovariana é a idade. Mas ela pode ser acelerada por diferentes aspectos. Na lista das principais causas estão: cirurgia de retirada de cistos nos ovários, endometriose e tratamento de quimioterapia ou radioterapia. Também entram no rol doenças auto-imunes (como o lúpus eritematoso sistêmico), causas genéticas (síndrome de Turner), falência ovariana e menopausa precoce; e tabagismo. Por isso, quando uma mulher, com vida sexual ativa, tem dificuldade para engravidar, isso deve ser investigado. Só assim será possível saber se a reserva ovariana dela está baixa.
Viana também reforça que, entretanto, a baixa reserva ovariana não é um fator que impede a gravidez. Enquanto a mulher estiver ovulando, ainda existe a possibilidade de gerar uma criança. Porém, o que vai dificultar mais a gestação é a idade da mulher. Uma paciente mais jovem, mesmo com reserva ovariana baixa, tem mais condições de engravidar do que a mais velha.
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