Publicado em 26/01/2024 às 17h43.

Acionistas da Vale resistem a interferência de Lula e Mantega

O conselho de administração da Vale se reúne para decidir se o atual presidente Eduardo Bartolomeo permanecerá no cargo, diz CNN em publicação

Redação

 

 

Foto: Divulgação/Vale

 

Os acionistas da Vale estão resistindo à interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na empresa e rejeitam o nome do ex-ministro Guido Mantega para a presidência da companhia, apurou a CNN.

Uma fonte ligada ao comando da empresa disse à reportagem que a chance de Mantega emplacar é “zero”. Outra fonte ligada a um dos maiores acionistas de referência afirmou que “o governo está pressionando por uma posição (presidência) para negociar outra (conselho)”.

Na próxima quarta-feira (31), o conselho de administração da Vale decidirão se o atual presidente Eduardo Bartolomeo permanecerá no cargo. A remuneração mensal de CEO da mineradora é de R$ 4,9 milhões.

Nos últimos dias, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem telefonado para os acionistas da Vale a pedido de Lula dizendo que o presidente gostaria de ver Mantega no cargo. A Vale, no entanto, foi privatizada em 1997, e não tem nem mesmo o acordo de acionistas através do qual o governo mantinha algum poder. Desde 2017, a empresa é uma corporation na qual nenhuma empresa mantenha mais que 10% das ações. Os principais sócios são Mitsui, Bradespar, Cosan, BlackRock e a Previ, afirmou o portal CNN.

Emplacar Mantega no conselho também não é simples. O mandato dos conselheiros da Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil), por exemplo, na Vale vai até 2025. Além disso, é preciso obedecer a uma série de critérios e se inscrever num processo de seleção cujo prazo expirou na semana passada.

Segundo fontes ouvidas pela CNN, sem poder de voto dentro da empresa, o governo tenta pressionar à companhia de maneira ilegal. Uma delas é repactuar a renovação de concessões ferrovias, como a estrada de ferro de Carajás, que o ministério de Transportes busca cobrar uma fatura adicional de mais de R$ 20 bilhões em outorga, concluiu.

 

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