Publicado em 02/02/2024 às 12h17.

Bruno Reis evita responder sobre possível apoio de Bolsonaro para reeleição

"Vocês me viram alguma vez apoiando quem quer que seja?", questionou o prefeito de Salvador aos jornalistas

Gabriela Araújo / Reinaldo Oliveira
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

Mesmo reforçando a tese de que “não foge à luta”, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), evitou falar sobre um possível apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a sua campanha de reeleição. Questionado por jornalistas sobre o assunto e o índice de rejeição do ex-mandatário na cidade, o chefe do Executivo soteropolitano se esquivou e atribuiu ao ‘povo’ a decisão eleitoral.

“Venha cá, quem é candidato a prefeito? Que eu saiba nenhum desses nomes serão candidatos a prefeito, se for candidato a prefeito, sou eu. Vocês me viram alguma vez apoiando quem quer que seja? É decisão livre do povo. Eu sempre disse isso. O povo escolhe quem é o melhor governador, o melhor presidente e vai escolher quem é o melhor prefeito”, disse, antes do início da sessão solene que marcou a abertura dos trabalhos no Legislativo, na Câmara Municipal da capital, na manhã desta sexta-feira (2).

Em Salvador, o PL, comandado pelo ex-ministro da Cidadania, João Roma, caminha para uma formalização de apoio à reeleição de Bruno. Mesmo não anunciando oficialmente o feito, integrantes da sigla já ventilam nos bastidores como o caminho mais natural para 2024. No entanto, durante entrevista aos jornalistas, o prefeito nem sequer mencionou o nome do ex-presidente e chegou a esbarrar na tese do “tanto faz” pregada pelo cacique do União Brasil, ACM Neto, quando disputou as eleições para o governo da Bahia em 2022.

Na oportunidade, Reis destacou ainda os números positivos para a cidade e enfatizou que população soteropolitana não está preocupada com quem causa os problemas na cidade, e sim, a procura da solução.

“O atual presidente é Lula. Eu governei com o ex-presidente, estou governando com o atual. Governei com o ex-governador e estou governando com o atual. Aliás, inclusive, esses dois últimos anos, 2023-2024, os melhores anos da gestão. A cidade em primeiro lugar no Brasil, mais desejada por todos para ser visitada em 2024. Eu já disse a vocês, ano de eleição, ninguém está preocupado em quem vai resolver o problema, as pessoas querem solução. Ninguém quer saber se o problema é da prefeitura, do governo do Estado ou do governo federal, querem a solução”, ressaltou.

O chefe do Palácio Thomé de Souza ainda voltou a reforçar que “não foge à luta” e que assume as responsabilidades impostas ao seu cargo. “O que vocês me viram nos últimos anos foi eu chamando a responsabilidade, matando a bola no peito. Vocês nunca me viram no canto chorando. […]. Pelo contrário, ainda além das nossas atribuições, chamando a responsabilidade. Salvador, o povo se acostumou a ser independente e autônomo. O voto é livre, as pessoas querem saber quem está preparado para resolver os seus problemas”, frisou aos jornalistas.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.