Publicado em 04/02/2024 às 08h00.

Jornalista é presa após cometer crime de injúria racial contra PM durante Fuzuê

Profissional de comunicação se negou a ser revistada por polícia militar ser uma mulher negra e proferiu diversos insultos contra a agente de segurança

Redação
Foto: Haeckel Dias/Ascom-PC (Ilustrativa)

 

Uma jornalista foi presa durante o evento pré-carnavalesco Fuzuê, que acontece na Barra, após cometer crime de injúria racial contra uma policial militar. De acordo com informações da Polícia Civil, a profissional de comunicação insultou e agrediu verbalmente a agente pública, quando se negou a ser abordada por conta da PM ser uma mulher negra.

Na oportunidade, a jornalista proferiu diversos insultos contra a vítima, em uma das ofensas, a comunicadora afirmou que “não veio do navio negreiro para ser revistada por uma negra”.

O caso aconteceu na noite de sábado (3), na Rua Marques de Leão, onde a Polícia Militar instalou um portal de abordagem. A delegada responsável pela lavratura do flagrante, Marialda Santos, informou que a autora não demonstrou arrependimento. “Apesar de desconversar, ela manteve o discurso racista”, informou.

Após o flagrante, conforme apontou a Polícia Civil, a mulher foi submetida a exames de lesões corporais e seguirá presa, à disposição da Audiência de Custódia do Poder Judiciário. A Polícia Civil disponibilizará serviços especializados para o atendimento as vítimas de racismo e demais públicos vulnerabilizados nos postos de Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (Servvir), instalados nos circuitos Dodô e Osmar.

Em 11 de janeiro de 2023 foi publicada a Lei 14.532/2023, que equipara a injúria racial ao crime de racismo. Com isso, a pena tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível.

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