Publicado em 04/07/2016 às 15h40.

Consórcio alvo da Lava Jato pagou R$ 39 mi em propina, diz MPF

Para que a WTorre abdicasse de participar da concorrência, foram pagos R$ 18 milhões, segundo o Ministério Público Federal (MPF)

Redação

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O Consórcio Novo Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello), alvo da 31ª fase da Operação Lava Jato, pagou R$ 39 milhões em propina para fechar um contrato com a Petrobras entre 2007 e 2012, disse nesta segunda-feira (4) o procurador da República Julio Carlos Motta Noronha, em entrevista coletiva.

As empresas OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Shahin Engenharia e Construcap CCPS Engenharia formaram um cartel e combinaram o valor da licitação, de acordo com Noronha. No entanto, a WTorre resolveu participar da disputa e ofereceu um preço menor para realizar o empreendimento.

Para que a WTorre abdicasse de participar da concorrência, foram pagos R$ 18 milhões, conforme o Ministério Público Federal (MPF). “Uma empresa recebe R$ 18 milhões para não fazer absolutamente nada”, declarou o procurador do MPF Roberson Henrique Pozzobon.

Depois de uma renegociação de preços, o consórcio e a Petrobras selaram o acerto em 2008. “Um contrato que começou com valor de R$ 850 milhões terminou com valor superior a R$ 1 bilhão”, afirmou o procurador da República.

Além da WTorre, receberam valores ilícitos os operadores Adir Assad (R$ 16 milhões), Roberto Trombeta e Rodrigo Morales (R$ 3 milhões cada um), Mário Goes (US$ 711 mil) e o ex-vereador do PT em Americana Alexandre Romando, conhecido como Chambinho (R$ 1 milhão). Informações do G1.

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