Publicado em 18/06/2024 às 13h23.

Ibovespa sobe apesar de preocupações fiscais em primeiro dia de reunião do Copom

Expectativa de um fim do ciclo de cortes de juros no Brasil e falas do presidente Lula sobre Banco Central são destaque nesta terça

Redação
Reprodução: Redes sociais

 

O Ibovespa (IBOV) subiu nesta terça-feira (18), apesar das preocupações sobre o fiscal no Brasil estarem de volta ao radar dos investidores, após as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e às vésperas da decisão do Banco Central (BC) sobre os juros do país.

Segundo informações do portal Bloomberg Línea, o principal índice de ações do mercado brasileiro tinha alta de 0,45%, negociado aos 119.671 pontos. O dólar, por sua vez, caía 0,32%, a R$ 5,40.

Em entrevista à CBN mais cedo, o presidente Lula afirmou que o “próximo chefe do Banco Central deve ser alguém que olhe para meta de inflação, mas também para o crescimento do país”. Lula ainda disse que o BC está desajustado e que não existe necessidade em manter os juros em 10,50% ao ano.

“Temos situação que não necessita essa taxa de juros. Taxa proibitiva de investimento no setor produtivo. É preciso baixar a taxa de juros compatível com a inflação. Inflação está controlada. Vamos trabalhar em cima do real”, pontuou, segundo o g1.

Ontem, o Relatório Focus do BC trouxe uma revisão para cima nas expectativas para a taxa Selic em dezembro e em 2025, mostrando que o Banco Central pode ter encerrado seu ciclo de cortes de juros este ano.

Em um contexto de aumento nas expectativas para a inflação e depreciação do real, os economistas consultados pela autoridade monetária veem agora uma taxa básica de 10,50% ao fim deste ano e de 9,50% em 2025, ante projeções anteriores de 10,25% e 9,25% ao ano, respectivamente.

No cenário corporativo, os investidores reagem à nova decisão tributária da Petrobras (PETR4; PETR3). A Petrobras concordou em pagar R$ 19,8 bilhões em impostos atrasados ao governo federal em um momento em que o presidente Lula busca aumentar a receita para ajudar a equilibrar o orçamento.

O acordo, aprovado pelo conselho na segunda-feira, é a primeira grande decisão sob a nova CEO Magda Chambriard. O pagamento foi divulgado em um comunicado ao mercado.

Os fundos impulsionarão os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para eliminar o déficit fiscal primário do Brasil, que exclui pagamentos de juros, este ano. Liquidar as dívidas fiscais pendentes é fundamental para sua estratégia de aumento de receita.

O valor aprovado diz respeito a impostos relacionados ao afretamento de embarcações ou plataformas de petróleo offshore. A Petrobras pagará cerca de R$ 8 bilhões utilizando depósitos judiciais pré-existentes e créditos fiscais. A empresa depositará mais R$ 3,75 bilhões em 30 de junho, com o valor restante dividido em seis parcelas.

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