Publicado em 02/10/2024 às 09h59.

PSD, MDB e PP lideram em doações de pessoas físicas na corrida eleitoral

Doações de pessoas físicas a partidos e candidatos somam R$ 643,5 milhões, com destaque para recursos de empresários, aponta levantamento de jornal

Redação
Foto: Pedro Gontijo/Senado

 

Partidos de centro-direita como PSD, MDB, PP são os que mais receberam doações de pessoas físicas nestas eleições, aponta levantamento do jornal Folha de S. Paulo com bae em dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No somatório das doações feitas diretamente aos candidatos e aquelas feitas aos diretórios nacional, estaduais e municipais dos partidos, o PSD lidera com R$ 84 milhões em doações de pessoas físicas. Na sequência, aparece o MDB, com R$ 78,8 milhões e o PP com R$ 56,5 milhões.

Ao todo, as doações de pessoas físicas somam R$ 643,5 milhões, sendo 89% deste valor (R$ 577,8 milhões) destinados diretamente para os candidatos e o restante para as legendas. A análise considera dados do TSE atualizados até sexta-feira (27).

Os valores ainda serão atualizados, já que os candidatos podem receber doações até o segundo turno. Na eleição municipal de 2020, o valor final de doações de pessoas físicas foi de R$ 1,2 bilhão.

Segundo a Folha, a maior parte dos recursos vem de grandes doadores. Nesta eleição, o principal deles foi Rubens Ometto Silveira Mello. O bilionário do grupo Cosan, que atua nos setores de energia, óleo e gás, agronegócio e mineração, doou R$ 15,7 milhões, sendo R$ 1 milhão diretamente ao MDB.

O valor é mais que o triplo dos R$ 4,1 milhões desembolsados pelo segundo colocado no ranking, José Ricardo Rezek. Ele é fundador do Grupo RZK, que atua nos setores de energia, telecomunicação e tecnologia.

Empresas foram proibidas de doar para campanhas em 2015, mas empresários continuam fazendo doações eleitorais milionárias como pessoas físicas.

Em 2016, Alexandre Grendene— co-fundador da empresa calçadista Grendene— foi o maior doador individual, com R$ 4,3 milhões. O bilionário não fez doações nesta eleição, mas o seu irmão e sócio, Pedro Grendene, doou R$ 560 mil.

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