Publicado em 08/10/2024 às 12h45.

Governador se irrita e volta a atacar veículo da família de ACM Neto: ‘Jornaleco’

Jerônimo proferiu adjetivo ao ser questionado sobre uma pesquisa divulgada pelo jornal e acerca da derrota de Geraldo contra Bruno Reis

Alexandre Santos / Carolina Papa
Foto: Carolina Papa/bahia.ba

 

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se irritou na manhã desta terça-feira (8) na primeira entrevista concedida após a derrota do vice-governador Geraldo Júnior (MDB) na disputa contra Bruno Reis (União Brasil) e voltou a atacar o jornal Correio, veículo pertencente à família de ACM Neto e ao qual chamou de “jornaleco”.

O ataque ocorreu durante evento na Assembleia Legislativa da Bahia, ocasião em que foi questionado sobre uma pesquisa apontando 65% de desaprovação de seu governo e acerca do desempenho do emedebista, que terminou o pleito em terceiro lugar, com a menor votação amealhada pelo grupo petista nos últimos anos.

“Eu sou governador da Bahia, não sou governador desse jornal. Esse jornal toda vez que avalia a gente avalia com um caráter muito intencional. O jornaleco continua fazendo pesquisa para agradar o grupo deles. Eu não debato isso. Eu vou debater hoje qual é avaliação que a gente faz das eleições no estado da Bahia. Esse jornaleco ainda vai aprender como é que lida com seriedade nas pesquisas. Fazem tumulto o tempo inteiro. Então não dá pra respeitar um jornal que não tem a seriedade que outros têm na Bahia”, disse o governador, usando o mesmo adjetivo que já havia proferido após receber vaias no São João.

Indagado em diversos momentos a respeito do revés em Salvador, Jerônimo ignorou as perguntas e se ateve apenas à vitória de aliados em outras cidades e ao segundo turno que o petista Luiz Caetano terá em Camaçari contra Flávio Matos (União Brasil).

“Eu faço uma avaliação ainda positiva. Eu estava muito preocupado de que a herança do ex-presidente, de acirrar, de dividir o país, dividir município, pudessem ter casos graves. Qualquer caso grave, de violência, me incomoda. Mas a minha avaliação é que foi uma eleição de paz. Não senti na Bahia uma eleição violenta, agressiva”, afirmou.

Instado a avaliar o possível impacto da vitória de Bruno na corrida estadual de 2026, Jerônimo disse preferir não antecipar o debate. “Ainda tenho o segundo turno em Camaçari pra cuidar. Eu tenho que governar até o último dia de governo, como vocês viram aqui, fazendo ações. Essa semana tem entrega de escolas, de água, de estradas, não vamos adiantar. Eu não lanço nada sem conversar com meu conselho político. eu vou ouvir meus presidentes de partidos, meus pares, Otto Alencar, Lídice da Mata, Rui Costa, Wagner. Tem que sentar, avaliar o resultado”, afirmou.

“Ainda temos um segundo turno. Não só aqui, mas no Brasil. Temos que ter o cuidado, para não passar da hora, como eles fazem. Ele agridem a democracia. No meu caso, não. Vou esperar acontecer o tempo certo.”

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