Dólar acelera alta para 1% e supera R$ 5,60 com queda dos preços de commodities
Petróleo tem uma sessão forte de queda após Washington Post noticiar que Israel não pretende atacar as plantas de petróleo ou nucleares do Irã
O dólar acelerava os ganhos e subiu frente ao real nesta terça-feira (15) voltando a superar R$ 5,60, em linha com a força da moeda dos Estados Unidos (EUA) em mercados emergentes, à medida que investidores avaliavam o impacto da queda de preços de commodities importantes, como o petróleo, em meio a novas notícias vindas da China e do Oriente Médio, segundo informações do portal InfoMoney.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar à vista subiu 1%, a R$ 5,6385 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento WINDOX28 teve alta de 1%, a R$ 5,653.
Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,59%, cotado a R$ 5,5827.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,641
Venda: R$ 5,641
Dólar turismo
Compra: R$ 5,649
Venda: R$ 5,829
O que acontece com o dólar hoje?
Os mercados globais seguem repercutindo os planos de estímulo econômico da China e as tensões no Oriente Médio, que têm gerado volatilidade nos ativos e nos preços de commodities, em particular.
A publicação chinesa Caixin Global apontou que a China pode levantar 6 trilhões de iuanes (US$ 850 bilhões) com títulos especiais do Tesouro ao longo de três anos para estimular o crescimento, dado que não foi suficiente para reverter preocupações com a atividade econômica no país.
Desde que Pequim fez seu primeiro anúncio de medidas para impulsionar a economia chinesa no mês passado, o otimismo em relação às perspectivas para o gigante asiático tem diminuído nos mercados globais, com um sentimento de decepção predominando em sessões recentes, o que tem prejudicado principalmente países exportadores de commodities.
Em relação ao Oriente Médio, uma reportagem do The Washington Post na segunda-feira informou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, teria dito aos EUA que está disposto a atacar alvos militares iranianos e não alvos nucleares ou petrolíferos.
A notícia acalmou preocupações em relação a um possível distúrbio no fornecimento de petróleo da região, fazendo os preços do petróleo bruto despencarem nesta terça, o que afetava países exportadores da commodity como o Brasil.
“Temos um descolamento aqui. O dólar está perdendo valor frente às principais moedas do mundo, mas está se apreciando contra a cesta de moedas emergentes”, disse Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos.
“Muito disso provavelmente por conta da expectativa de queda nos preços de commodities, que representa uma significativa pauta de exportação da maioria desses países”, ressaltou.
Com isso, o dólar se fortalecia em mercados emergentes, subindo frente ao peso mexicano, o peso chileno e o rand sul-africano.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,04%, a 103,140.
No cenário doméstico, o foco do mercado ainda está na questão fiscal, após uma reportagem da Reuters revelando que o governo prepara medidas de contenção de gastos obrigatórios para serem apresentadas após a realização do segundo turno das eleições municipais pressionar o dólar na sessão anterior, com a divisa dos EUA fechando em baixa de 0,59%, 5,5827 reais.
Também estava no radar comentários do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento online da Uqbar. Ele apontou que o atual ciclo de crédito no Brasil segue com expansão em volume de concessões e redução de taxas de juros na maior parte das linhas.
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