Publicado em 15/10/2024 às 15h51.

EUA ameaçam Israel com corte de assistência militar por situação humanitária em Gaza

Notícias surgem enquanto forças israelenses expandem operações no norte de Gaza, em meio preocupações sobre acesso ajuda humanitária

Redação
Foto: Reprodução/ TV Globo

 

O secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, e o secretário de Defesa, Lloyd Austin, disseram que Israel deve tomar medidas urgentes para melhorar a situação humanitária em Gaza para evitar uma ação legal envolvendo o auxílio militar dos EUA, de acordo com reportagens publicadas nesta terça-feira (15), de acordo com informações do portal InfoMoney.

“Estamos escrevendo agora para enfatizar a profunda preocupação do governo dos EUA com a deterioração da situação humanitária em Gaza e buscar ações urgentes e sustentadas por parte de seu governo neste mês para reverter essa trajetória”, afirmaram eles, em uma carta de 13 de outubro a seus pares israelenses, que foi publicada por um repórter do site Axios na rede social X.

Um repórter do Israeli News 12 havia publicado inicialmente o conteúdo da carta também no X.

O Departamento de Estado e o Pentágono não responderam a pedidos de comentários da Reuters em um primeiro momento. Representantes do governo de Israel também não puderam ser contatados imediatamente para comentar o assunto.

As reportagens surgem no momento em que forças israelenses expandem as operações para o norte de Gaza, em meio a preocupações constantes sobre o acesso a auxílio humanitária em todo o enclave e o acesso dos civis a alimentos, água e medicamentos.

Na semana passada, os Estados Unidos disseram ao Conselho de Segurança da ONU que Israel precisa tratar urgentemente das “condições catastróficas” entre civis palestinos na sitiada Faixa de Gaza e parar de “intensificar o sofrimento” ao limitar a entrega de ajuda.

A carta dos secretários citava a Seção 620i da Lei de Assistência Estrangeira, que restringe (proíbe) ajuda militar a países que impedem a entrega de assistência humanitária dos EUA.

Ela também citou um Memorando de Segurança Nacional emitido pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em fevereiro, que exige que o Departamento de Estado informe ao Congresso se considera confiáveis as garantias de Israel de que o uso de armas dos EUA não viola leis norte-americanas ou internacionais.

Autoridades dos Estados Unidos disseram no início deste ano que Israel pode ter violado a lei humanitária internacional usando armas fornecidas pelos EUA durante sua operação militar em Gaza.

 

Conflito

Desde 7 de outubro de 2023, o conflito entre Israel, Hamas e Hezbollah escalou dramaticamente após um ataque surpresa do Hamas a Israel, que resultou em centenas de mortes e sequestros de civis. O Hamas lançou uma série de foguetes e infiltrou militantes em território israelense, levando a uma resposta militar significativa por parte de Israel. O governo israelense declarou estado de guerra e iniciou uma campanha de bombardeios em Gaza, visando a infraestrutura do Hamas e suas capacidades militares. Esse ataque marcou um dos piores episódios de violência na região em anos, exacerbando as tensões já existentes e gerando uma crise humanitária em Gaza.

Além disso, o Hezbollah, que opera no Líbano e é apoiado pelo Irã, começou a intensificar suas atividades na fronteira com Israel, realizando ataques e disparando foguetes em apoio ao Hamas. A situação se tornou ainda mais complexa com o envolvimento de grupos militantes e a possibilidade de uma guerra em múltiplas frentes. A comunidade internacional expressou preocupações sobre a escalada do conflito e suas consequências para a estabilidade regional, enquanto esforços diplomáticos para um cessar-fogo enfrentam desafios significativos. A crise humanitária em Gaza se agrava, com milhares de deslocados e um acesso limitado a alimentos e serviços básicos, enquanto as tensões entre Israel e seus vizinhos permanecem altas.

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