Publicado em 27/10/2024 às 10h30.

Sem provas, ACM Neto sugere ligação indireta de Caetano ao crime organizado

Sem citar o nome do adversário, ACM Neto afirma que o seu aliado, Flávio Matos, enfrentou as "facções criminosas" e citou a invasão ao comitê de um apoiador

Redação
Foto: Assessoria ACM Neto

 

Usando a narrativa parecida com a dos adversários, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), afirmou que precisou enfrentar a “máquina do governo do Estado” durante a corrida eleitoral de Camaçari. Em entrevista coletiva, na manhã deste domingo (27), o vice-presidente do União Brasil também voltou a acusar, sem provas, o candidato Luiz Caetano (PT) de associação com o crime organizado, de forma indireta.

“Tivemos que disputar contra o candidato adversário. Nós tivemos que disputar contra um sistema, contra a máquina do governo do Estado, contra a operação policial realizada pelos nossos adversários e tivemos que disputar também contra as facções criminosas, contra o crime organizado. Mas o povo de Camaçari está demonstrando nesse domingo que é livre, que acredita no seu próprio futuro”, disse.

“Quem não entrou foi Flávio Matos. Nosso adversário entrou. Na véspera da eleição, o espaço político de um apoiador de Flávio foi invadido por homens armados. Toda a imprensa mostrou as imagens, não estou inventando nada”, acrescentou.

Mais cedo, o presidente estadual do PT, Éden Valadares, também disse que o postulante petista teve que “enfrentar uma máquina de crimes eleitorais (devidamente flagrados)” para conseguir sobreviver a campanha na cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS).

Durante a conversa, após a votação de Flávio, Neto projetou a vitória do seu aliado. “Só há um nome de Camaçari, que é o seu povo, e eu tenho certeza que, ao fim desse dia, nós vamos estar comemorando a vitória de Flávio Matos 44. Flávio será um grande prefeito para Camaçari.”

Neto ainda voltou a criticar o ambiente de violência e intimidação que, segundo ele, marcou a eleição. Ele relatou episódios graves, como uma abordagem policial no escritório de Flávio Matos e a invasão ao espaço político de um apoiador do candidato. “Será que é razoável uma senhora ser abordada na rua e, por estar usando uma camisa azul, ser obrigada a tirá-la e ficar de sutiã? Será que é razoável um candidato ser impedido de entrar em certas localidades porque o chefe do tráfico decide quem entra e quem não entra?”, questionou. 

Para o ex-prefeito de Salvador, o cenário eleitoral que foi se desenhando em Camaçari é “preocupante” e pediu atenção às autoridades para evitar que situações semelhantes se repitam nas próximas eleições. “Eu espero que o Ministério Público Eleitoral e as autoridades fiquem atentos. O que vivemos aqui em Camaçari é preocupante. […] Em 2024, a situação chegou a um nível alarmante, e precisamos evitar isso nas próximas disputas.”

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