Publicado em 27/10/2024 às 20h01.

ACM Neto divulga vídeos com agressões de PMs em Camaçari; corporação apura casos

Vice-presidente do União Brasil acusa corporação de 'aparelhamento' em desfavor do correligionário Flávio Matos, candidato a prefeito

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O vice-presidente do União Brasil, ACM Neto, divulgou em suas redes sociais vídeos que mostram policiais militares agredindo supostos eleitores do prefeiturável Flávio Matos durante o segundo turno das eleições, neste domingo (27), em Camaçari. Em uma das cenas, um homem de camisa azul cai após levar um chute desferido por um agente. A publicação não informa o local em que os episódios ocorreram nem o contexto das abordagens. A Polícia Militar diz que apura os casos.

No mesmo post, o ex-prefeito de Salvador diz que houve aparelhamento do Estado no processo eleitoral e insinua que tal ordem teria partido do governador Jerônimo Rodrigues (PT). “O que estamos testemunhando neste domingo de eleição em Camaçari é SURREAL. Algo que nunca vi na minha vida pública. As imagens falam por si: o aparelhamento do Estado no processo eleitoral é estarrecedor, um ataque frontal à democracia. Queremos saber: governador, de onde veio esse comando? A nossa Polícia Militar não merece isso. Muito menos os baianos”, escreveu.

Procurada pelo bahia.ba, a Polícia Militar informou que vai apurar detalhadamente as circunstâncias envolvidas. Em nota enviada por sua assessoria, a corporação disse que qualquer atuação que não esteja em conformidade com os protocolos técnicos e operacionais da instituição será investigada, e as medidas cabíveis serão tomadas.

“A PM reitera seu compromisso com a isenção e imparcialidade durante a atuação no segundo turno das eleições em Camaçari, garantindo a segurança de todos os cidadãos e a ordem pública. Todas as ações realizadas pelas nossas equipes têm como objetivo assegurar um processo eleitoral pacífico e seguro”, diz o texto.

Na última semana, o prefeito da capital, Bruno Reis, já havia acusado a PM de fazer campanha a favor do candidato Luiz Caetano (PT) e intimidar apoiadores de Flávio Matos. Sem apresentar provas, Reis disse que o uso do aparato foi autorizado pelo comandante-geral da corporação, coronel Paulo Coutinho. O oficial não foi citado nominalmente.

Em nota divulgada dias antes, a PM classificou as falas como “declarações levianas, feitas em momentos de conveniência política”.

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