Publicado em 04/11/2024 às 10h58.

Roma vê reconciliação com ACM Neto próxima e diz que Bruno não deve nada ao PL

Ex-aliado do ex-prefeito refuta interesse em cargos e afirma que sigla bolsonarista atua estrategicamente para minar o PT

Alexandre Santos
Foto: Max Haack/PL Bahia

 

O presidente do PL na Bahia, João Roma, afirmou nesta segunda-feira (4) que sua possível reconciliação com ACM Neto (União Brasil) deve ser selada à medida que a disputa estadual de 2026 se aproxima. ACM Neto e o governador Jerônimo Rodrigues (PT) devem repetir um embate de polarização semelhante ao de 2022, quando o petista venceu o pleito.

Roma diz ter encontrado o ex-prefeito de Salvador em palanques de aliados durante a corrida municipal, mas não chegaram a tratar de política.

“Não ocorreu ainda uma aproximação nesses termos. O que eu não acho que vai demorar a ocorrer. Até porque vai chegar a sucessão de 2026 e, fadadamente, nós vamos ter que sentar, buscar entendimento e pensar como será a sucessão na Bahia em 2026”, disse ele em entrevista à Rádio Metropole.

Roma, que também coloca seu nome no páreo, afirma que uma eventual candidatura de Bruno Reis à sucessão de Jerônimo tende a arregimentar mais apoios.

Questionado sobre o desempenho do PL nas urnas na Bahia, Roma reconheceu não ter havido bom resultado.

Dentre as mais de 30 postulações a vereador e a prefeito, apenas Jânio Natal (PL) se reelegeu em Porto Seguro. Apesar do revés eleitoral em território baiano, o ex-ministro bolsonarista disse que o saldo geral é positivo, já que o partido se posicionou para minar o PT.

Para viabilizar a estratégia, diz Roma, o PL sacrificou várias candidaturas, incluindo a dele própria na capital, onde Bruno Reis conquistou o seu segundo mandato com apoio da legenda.

Ele, no entanto, refuta rumores de que o movimento tenha sido em troca de cargos no Palácio Thomé de Souza.

“Eu tive um entendimento com Bruno, e o prefeito não deve nada ao PL. Nas nossas tratativas não ficou estabelecido quinhões [sic] da gestão do prefeito. Ele naturalmente sinalizou me fazer convites e identificar quadros do partido, mas a nossa aproximação não foi baseada em espaços administrativos. Eu vi muitos comentários de que ia pegar tal secretaria […] Não entrou isso no rol.”

“O enfrentamento era contra o governo o PT, um governo federal do PT, um grupamento partidário muito grande, que poderia gerar uma fragilidade na cidade de Salvador, como teve em outros locais”, disse Roma.

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