Publicado em 19/12/2024 às 14h06.

Após atingir R$ 6,30, dólar tem queda com intervenção recorde do Banco Central

A diminuição ocorreu após o Banco Central (BC) realizar um novo leilão no mercado à vista de câmbio

Redação
Foto: Freepik

O mercado de câmbio experimenta grandes oscilações nesta quinta-feira (19). Após alcançar um recorde histórico de R$ 6,30, a cotação do dólar caiu para R$ 6,17, registrando uma queda de 1,55% por volta das 11h30. A diminuição ocorreu após o Banco Central (BC) realizar um novo leilão no mercado à vista de câmbio.

Às 13h, o dólar foi negociado a R$ 6,14, uma queda de 1,92%. Segundo analistas, o alívio no câmbio também foi influenciado pela entrevista conjunta dada nesta quinta-feira (19) pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, e seu sucessor, Gabriel Galípolo.

Campos Neto, por exemplo, declarou que o BC “tem muitas reservas e atuará se necessário”. Ele também mencionou que há uma “saída atípica” de dólares do país e que o BC intervirá no câmbio sempre que identificar alguma “disfuncionalidade no fluxo”.

Pela manhã, o BC iniciou sua intervenção com a oferta de US$ 3 bilhões, mas o impacto no mercado foi pequeno. Em seguida, foi anunciada uma intervenção recorde de US$ 5 bilhões, a maior venda no mercado à vista desde 1999, quando o Brasil adotou o regime de câmbio flutuante. Também havia a possibilidade de uma terceira intervenção, com um valor mínimo de US$ 1 bilhão.

Essa oferta de US$ 3 bilhões foi a quinta intervenção do BC no mercado de câmbio à vista em menos de uma semana, somando cerca de US$ 5,7 bilhões – sem contar as duas novas intervenções anunciadas para esta quinta-feira (19).

Na terça-feira (17), foram realizados dois leilões, com a oferta de aproximadamente US$ 3,3 bilhões. Na segunda-feira (16), o montante foi de US$ 1,623 bilhão, e na sexta-feira (13), atingiu US$ 845 milhões.

Os leilões de dólar são operações utilizadas pelo BC para garantir liquidez ao mercado de câmbio em momentos de alta do dólar. Nesses leilões, os dólares são oferecidos diretamente às instituições financeiras, como bancos e corretoras (conhecidas como “dealers de câmbio”), que operam no mercado primário. Essas instituições, por sua vez, repassam a moeda americana para o mercado secundário.

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