Publicado em 09/02/2025 às 08h30.

Secretário diz que crime organizado está infiltrado em postos de combustível

Mário Sarubbo afirmou que o Estado precisa "reagir de forma mais eficiente no avanço das organizações criminosas no setor

Redação
Foto: Centro de Comunicação Social/MP-SP

 

O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Sarrubbo, afirmou que há uma infiltração significativa do crime organizado nos postos de combustíveis em todo o Brasil. Em entrevista ao UOL, Sarrubbo destacou que o Estado brasileiro precisa “reagir” de forma mais eficiente ao avanço dessas organizações no setor, que têm se aproveitado de fraudes e práticas criminosas nesse ramo econômico essencial para o país.

“Há um problema muito grande no Brasil envolvendo postos de combustíveis. Há infiltração de crime organizado, há inúmeras formas de se fraudar essa atividade econômica tão importante para o país. Temos uma expectativa muito positiva de que vamos avançar. Teremos aí à frente grandes operações protagonizadas pelas nossas polícias estaduais, polícias federais e um trabalho efetivamente integrado”, afirmou o secretário.

Sarrubbo, ressaltou que a atuação do crime organizado nos postos de combustíveis é um problema grave e que diversas instituições estão unindo esforços para combatê-lo. Ele mencionou que a Polícia Federal, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Receita Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) estão envolvidos em investigações coordenadas sobre o tema.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, também anunciou, nesta semana, que a Polícia Federal abrirá um inquérito específico para investigar as atividades ilícitas de organizações criminosas no setor de distribuição de combustíveis. A decisão foi tomada após uma reunião do Núcleo Estratégico de Combate ao Crime Organizado, formado pelo próprio ministério.

Em relação à segurança pública de maneira geral, Sarrubbo afirmou que o governo federal não deve enfrentar grandes obstáculos na relação com o Congresso Nacional, especialmente em um ano em que a segurança pública será um dos temas centrais da agenda legislativa.

O secretário também expressou preocupação com a politização das guardas civis metropolitanas em diversas cidades do país. Para ele, o uso dessas forças de segurança para fins políticos é uma ameaça à sua imparcialidade e eficiência, e a ideologia não deve fazer parte da atuação das guardas, que precisam atuar exclusivamente pela segurança da população.

O trabalho integrado das diversas forças de segurança no combate ao crime organizado, segundo Sarrubbo, é uma das estratégias mais promissoras para enfrentar esse problema, e grandes operações já estão previstas para avançar nesse combate.

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