Publicado em 13/03/2025 às 07h31.

Hugo Motta quer pacificar impasse entre PT e PL sobre acordo de comissões na Câmara

Maior disputa é em torno da presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, que é prioridade para o PL com o nome de Eduardo Bolsonaro

Redação
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e líderes partidários se reúnem nesta quinta-feira (13) para tentar resolver o impasse sobre a presidência das comissões permanentes da Casa. O republicano busca pacificar as disputas internas e avançar com a definição dos nomes para os colegiados, que permanecem paralisados desde o retorno dos trabalhos legislativos em fevereiro.

A maior disputa no momento é em torno da presidência da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, que é prioridade para o PL. O partido pretende indicar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para o cargo, mas a escolha tem gerado resistência, principalmente dentro do PT. A legenda considera que a atuação de Eduardo Bolsonaro, especialmente suas articulações com autoridades internacionais, em particular com os Estados Unidos, tem gerado tensões com o Poder Judiciário brasileiro.

Nesta semana, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), se reuniu com Hugo Motta para discutir a nomeação e pressionar por outra escolha para o cargo. Nos bastidores, o PT admite apoiar a presidência da comissão para o PL, desde que o nome de Eduardo Bolsonaro seja retirado da disputa. O PSOL também se posicionou contra a indicação do deputado bolsonarista. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), defende que o partido não abrirá mão da indicação de Eduardo Bolsonaro para a presidência da comissão.

Além da Comissão de Relações Exteriores, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante da Câmara, também é alvo de disputas. O PL demonstrou interesse em comandar a CCJ novamente, após a presidência do colegiado no ano passado pela deputada Caroline de Toni (PL-SC). No entanto, de acordo com o acordo firmado entre os líderes, a presidência da CCJ deverá ficar com o MDB.

A definição das presidências das comissões segue a regra da proporcionalidade, na qual os maiores partidos têm prioridade na indicação dos nomes, mas as escolhas são feitas através de acordos entre as lideranças. A confirmação dos presidentes ocorre por meio de uma eleição simbólica dentro de cada comissão. A expectativa é de que a reunião desta quinta-feira seja decisiva para resolver o imbróglio.

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