Publicado em 20/03/2025 às 09h47.

Haddad descarta recessão e defende papel do governo no controle da inflação

“Eu não acredito que você precisa de uma recessão para baixar a inflação no Brasil, não acredito nisso”, declarou o ministro

Redação
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quinta-feira (20) que não será necessário causar uma recessão no Brasil para debelar a inflação. Segundo ele, o controle do aumento dos preços é uma tarefa do governo federal e do Banco Central (BC), que agirão para chegar ao alvo.

“Eu não acredito que você precisa de uma recessão para baixar a inflação no Brasil, não acredito nisso”, disse Haddad, no programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC. “Eu acho que você consegue administrar a economia de maneira a crescer de forma sustentável, sem que a inflação saia do controle.”

Segundo matéria do InfoMoney, Haddad ainda afirmou que o governo tem compromisso com o resultado primário zero e vai perseguir esse objetivo. De acordo com ele, tanto a equipe econômica do governo, quanto a da autarquia, tem feito grandes esforços para construir uma relação institucional.

O ministro disse também que a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma “experiência inédita” com uma transição de dois anos no BC, devido à autonomia operacional da autarquia.

“É uma experiência inédita que aconteceu, e eu acredito que nós procuramos fazer da melhor maneira possível, com todas as divergências que surgiram e tudo mais, nós procuramos fazer da maneira mais civilizada possível, e concluímos esse processo de maneira êxito”, disse.

A lei de autonomia da autoridade monetária estabelece mandatos para os cargos de presidente e diretores, sendo que o do chefe da autarquia só termina dois anos depois de iniciado o mandato do presidente da República. Por isso, Roberto Campos Neto, indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, comandou o BC até dezembro do ano passado.

“Agora, nós temos uma diretoria que ainda conta com dois diretores do governo passado. Então é uma transição que, na verdade, não é nem de dois anos, é maior”, acrescentou, referindo-se aos diretores do BC de Política Econômica, Diogo Guillen, e de Organização do Sistema Financeiro e Resolução, Renato Gomes, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e cujos mandatos vão até dezembro deste ano.

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