Publicado em 21/03/2025 às 16h34.

Epicondilite ou Cotovelo de tenista: quais tratamentos podem reduzir a dor?

Com a popularização do esporte, muitos praticantes têm sofrido com dores e lesões decorrentes da prática repetitiva; saiba como reduzir a dor

Redação

Atletas enfrentam lesões no dia a dia, e algumas delas afetam diretamente os membros superiores, impactando o desempenho esportivo e a qualidade de vida. Movimentos repetitivos e esforços excessivos podem sobrecarregar tendões e articulações, levando a inflamações e dores que comprometem até mesmo atividades simples do cotidiano.

De acordo com os ortopedistas David Sadigursky e Thiago Alvim, sócios da Clínica Omane e pesquisadores na área de terapia celular, a epicondilite lateral, também conhecida como “cotovelo de tenista”, é uma lesão comum entre jogadores de tênis, principalmente com o crescimento e popularização do esporte, sendo a principal causa de dor no cotovelo.

“O movimento repetitivo de rotação e impacto da raquete causa pequenas lesões nos tendões que se conectam ao epicôndilo lateral, na parte externa do cotovelo. Isso resulta em dor, fraqueza e dificuldade para realizar movimentos simples, como segurar objetos ou abrir uma porta. Também é importante destacar que a condição pode afetar outros praticantes de atividades físicas, sobretudo aquelas de alto impacto, como artes marciais e musculação, em alguns casos”, explica Thiago Alvim.

A boa notícia é que, com tratamento adequado, a recuperação é possível, permitindo ao atleta voltar à quadra sem dor e com mais segurança. Segundo David, o tratamento pode associar tecnologias como a terapia por ondas de choque e o laser de alta intensidade, que potencializam a recuperação. “A terapia por ondas de choque atua promovendo microlesões controladas que estimulam a regeneração dos tecidos, aumentam a circulação sanguínea no local afetado e aceleram o processo de cicatrização”.

Já o laser de alta intensidade tem efeito anti-inflamatório, promove analgesia e bioestimulação celular, o que contribui significativamente para o alívio da dor e a reparação mais rápida das lesões ortopédicas. “A combinação dessas abordagens proporciona uma reabilitação mais eficaz, diminuindo o tempo de afastamento e melhorando o desempenho funcional do paciente”, conta Thiago.

Além disso, David reforça a importância de uma equipe multidisciplinar durante o tratamento, com fisioterapia, exercícios de prevenção adequados sob orientação, uso das tecnologias citadas e, em alguns casos, infiltrações locais com substâncias capazes de modular a inflamação no longo prazo. “Com os avanços técnicos e tecnológicos na medicina contemporânea, os tratamentos combinados oferecem novas perspectivas para atletas e praticantes de esportes, reduzindo o tempo de recuperação e proporcionando um retorno mais seguro e eficiente à prática esportiva”, destaca o ortopedista.

Sobre David Sadigursky

David Sadigursky é ortopedista graduado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestre em Cirurgia do Joelho pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorando pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Ele realizou fellowship em Doenças da Cartilagem e trauma esportivo na Harvard Medical School, em Boston, EUA, e em cirurgia ortopédica de artroplastia do joelho no Hospital CLINIC, em Barcelona, Espanha. Possui pós-graduação em Clínica da Dor pelo CTD e em Intervenção em Dor pela Universidade da Coreia, em Seul. É membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ) e da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte (SBRATE). Participa ativamente da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia do Joelho e Esporte (ISAKOS) e é membro associado das sociedades de dor e medicina regenerativa, como SBRET, SBED e SOBRAMID. Atualmente, é sócio da Clínica Omane e diretor do centro de estudos em terapias celulares.

Sobre Thiago Alvim

Thiago Alvim é ortopedista, graduado em Medicina pela Escola Bahiana de Medicina. Ele completou residência em Ortopedia e Traumatologia na Santa Casa de São Paulo e realizou um fellowship em Traumatologia Esportiva no Centre Orthopédique Santy, em Lyon, França. Foi Médico Assistente Concursado e Preceptor do Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Universitário Edgard Santos – UFBA (2018-2022). Obteve o título de Mestre em Biotecnologia pela UFBA, com linha de pesquisa em Terapias Biológicas. É autor de capítulos de livro e artigos científicos publicados em revistas de Ortopedia. Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), da Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque (SMBTOC) e da Associação Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética (ABUM), ele é referência em soluções inovadoras para procedimentos médicos menos invasivos e atua na ortopedia regenerativa, sendo sócio da Clínica Omane.

Crédito Foto: Freepik

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