Publicado em 09/04/2025 às 13h37.

Alvos de esquema liderado por Rei do Lixo destruíram provas após ações da PF, diz coluna

Investigados formataram celulares e usaram aparelhos de terceiro para se comunicar e burlar medidas cautelares da Justiça

Redação
Foto: Reprodução/Redes sociais

 

A Polícia Federal identificou uma série de evidências de que os investigados da Operação Overclean atuaram para destruir provas e burlaram medidas cautelares da Justiça após as primeiras diligências da PF em dezembro passado. Os alvos são acusados de integrar uma organização criminosa que fraudava licitações e desviava emendas parlamentares.

Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, uma das tentativas foi flagrada por uma escuta policial na sede de uma das empresas do empresário baiano José Marcos de Moura (União Brasil), conhecido como o Rei do Lixo.

O grampo da PF captou conversas entre funcionários sobre a utilização de uma fragmentadora de papeis dois dias após sua prisão, em 12 de dezembro, nas instalações da MM Limpeza Urbana. No mesmo dia, a máquina foi acionada por terceiros. A PF registrou diversas outras ocorrências nos dias seguintes. No dia 16 do mesmo mês, a escuta gravou um empregado não identificado manifestando receio em ser incriminado pela Justiça por destruir provas.

Àquela altura, já era de conhecimento público que o Rei do Lixo e outros 16 aliados eram suspeitos de integrar uma organização criminosa que fraudava licitações e desviava emendas parlamentares com recursos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

De acordo com a publicação de O Globo, os relatos de ocultação ou eliminação de evidências dos crimes atribuídos aos investigados embasaram o pedido da Polícia Federal pela prisão preventiva dos irmãos Alex e Fábio; o pai, Pedro Alexandre; Gabriel Mascarenhas Figueiredo Sobral; Vieira e Clebson.

Marcos Moura é amigo de ACM Neto e integra a cúpula do União Brasil, sigla da qual o ex-prefeito de Salvador é vice-presidente nacional. ACM Neto não é investigado no caso.

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