Publicado em 10/04/2025 às 22h00.

Ministra admite possibilidade de discutir redução de pena dos envolvidos no 8/1

Gleisi Hoffmann critica a ampla anistia, que é o que o projeto dos opositores sugere

Redação
Foto: Wilson Pedrosa/ Fotos Públicas

 

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou nesta quinta-feira (10), que o governo pode discutir a redução de pena aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro de 2023, desde que os líderes da tentativa de golpe não sejam perdoados.

De acordo com O Globo, a ministra afirmou que a mediação de pena é defensável, no entanto, ela critica a ampla anistia, que é o que o projeto dos opositores sugere.

“Quando a gente fala com alguns parlamentares, eles não sabem disso (que o projeto prevê uma anistia ampla). Isso não é do 8 de janeiro, isso tem a ver com um substitutivo que foi apresentado e que pega todo esse período, está faltando esclarecimento sobre isso. E, de fato, falar sobre anistia ou mediação de pena, acho que é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares que estão ali e eu acho que a gente tem que fazer esse discussão no Congresso. Agora, o que não pode acontecer é uma anistia dos que conduziram um golpe no país”, explicou Gleisi.

Com confiança no presidente da da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Gleisi aposta no parlamentar para que o projeto da anistia não seja votado em plenário.

O texto, segundo ela, é muito amplo e poderia alcançar os supostos arquitetos do golpe, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. A oposição tem tentado a todo custo recolher assinaturas para apresentar um requerimento de urgência da proposta, mas ainda faltam seis assinaturas para que o instrumento chegue às mãos de Motta.

Caso seja aprovado, o texto fica liberado para votação em plenário. “Eu acho que essas assinaturas (da urgência) que alguns parlamentares estão colhendo, dos partidos, têm muitos que estão desavisados sobre o conteúdo do projeto. Querem realmente uma mediação com aquelas penas para aqueles que participaram dos atos de 8 de janeiro, mas o projeto que está lá é um projeto que dá anistia ao Bolsonaro e aos generais, isso não está explicitado”, disse a ministra.

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