Publicado em 16/04/2025 às 09h15.

Rui nega perseguir União Brasil: ‘Eu que assinei contrato bilionário com Rei do Lixo?’

O ministro da Casa Civil ironizou a relação de membros da sigla com o principal alvo da operação Overclean, o empresário José Marcos de Moura

André Souza
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), negou que estaria perseguindo o União Brasil por disputas políticas na Bahia. O petista ironizou a relação de membros da sigla com o principal alvo da operação Overclean, o empresário José Marcos de Moura, conhecido como ‘Rei do lixo’, acusado de desviar verbas públicas em contratos bilionários de limpeza urbana na Bahia.

“O que eu tenho a ver com isso? Foi eu que assinei contrato bilionário com o Rei do Lixo? Eu não tenho absolutamente nada a ver com isso. Não mandei ninguém negociar secretaria, não sou polícia, não sou Ministério Público”, declarou Rui, em resposta à informação de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil) teria reclamado de perseguição ao partido.

A operação Overclean, conduzida pela Polícia Federal, apura suspeitas de irregularidades em contratos com empresas responsáveis pela coleta de lixo em Salvador. A investigação cita o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), que também é amigo pessoal do empresário.

Rui Costa afirmou que acompanha o caso apenas pela imprensa e defendeu a atuação dos órgãos de controle. “Espero que a Justiça, a Polícia Federal e o Ministério Público façam seu trabalho com independência e que todas as pessoas tenham direito à ampla defesa. Quem faz gestão pública tem o dever de esclarecer as coisas. Quem fiscaliza, tem o dever de cobrar”, disse em entrevista a rádio ‘Bom dia Feira’, na manhã desta quarta-feira (16).

O ministro também criticou o aumento da taxa de lixo na capital baiana. “Salvador tem uma das maiores taxas de lixo do Brasil. Na gestão de Bruno Reis, o valor cobrado da população aumentou mais de 100%”, afirmou.

Ao reforçar que não tem ligação com as investigações, Rui citou um ditado popular. “Quem pariu Mateus, que balance”, afirmou.

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