Publicado em 13/06/2025 às 11h39.

Ações da Petrobras sobem com disparada do petróleo após ataque de Israel ao Irã

Alta nos papéis da estatal brasileira contrasta com queda nos mercados globais e ocorre em meio à escalada de tensões no Oriente Médio

Redação
Divulgação: Petrobras

 

As ações da Petrobras tiveram forte valorização nesta sexta-feira (13), impulsionadas pela alta nos preços internacionais do petróleo após um ataque de Israel a instalações nucleares no Irã. O episódio elevou os temores de um conflito mais amplo no Oriente Médio e repercutiu nos mercados mundiais.

Por volta das 10h25 (horário de Brasília), os papéis preferenciais da Petrobras subiam 2,67%, sendo negociados a R$ 32,60. Mais cedo, chegaram a registrar alta de 4,3% na abertura do pregão. O desempenho positivo dos ativos da companhia contribuiu para atenuar as perdas do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que operava em queda no último pregão da semana.

O ataque israelense às instalações nucleares iranianas gerou forte impacto nos preços do petróleo. Nas primeiras horas de negociação, os contratos futuros da commodity atingiram os níveis mais altos desde janeiro.

Por volta das 10h30, o barril do tipo Brent — referência global — subia 7,92%, cotado a US$ 74,85, após atingir pico de US$ 78,50. Já o WTI, referência nos Estados Unidos, avançava 8,86%, para US$ 73,93, com máxima intradiária de US$ 77,62. Foi a maior alta diária registrada nos dois contratos desde 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.

Enquanto isso, os mercados de ações globais recuavam diante do aumento do risco geopolítico. As bolsas europeias registraram os menores níveis em três semanas, e os futuros das ações nos Estados Unidos caíam mais de 1% antes da abertura dos pregões.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram que foram responsáveis pelo ataque às instalações nucleares iranianas na quinta-feira (12/6). As explosões ocorreram em Teerã e em outras localidades próximas à capital. O ataque resultou na morte de autoridades de alto escalão, como Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC); Gholamali Rashid, comandante sênior da força; e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi, conforme divulgou a agência estatal iraniana.

Além dos alvos militares, houve destruição em áreas civis e relatos de vítimas, embora os números exatos ainda não tenham sido divulgados.

Em resposta, o governo iraniano anunciou que pretende retaliar. Um comunicado das Forças Armadas do país sinalizou a possibilidade de ataques a pontos estratégicos dos Estados Unidos no Oriente Médio. Apesar de os EUA negarem participação na operação, seu histórico de apoio a Israel coloca o país sob atenção.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indicou que a ofensiva pode continuar nos próximos dias: “Esta operação continuará por tantos dias quanto forem necessários para remover esta ameaça”, afirmou. Após o ataque, tanto Israel quanto o Irã fecharam seus respectivos espaços aéreos e declararam estado de emergência, em antecipação a possíveis represálias.

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