Publicado em 17/06/2025 às 09h33.

Motta rebate fala de Haddad sobre IOF mirar moradores de cobertura: ‘Moramos no mesmo prédio’

"Resposta da sociedade", afirmou o presidente da Câmara logo após a aprovação do requerimento de urgência do projeto que cancela a alta do Imposto

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na segunda-feira (17) que o requerimento de urgência para o projeto que cancela o decreto do governo Federal para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi uma “resposta da sociedade”. No total, foram 346 votos a favor e 97 contra, superando o número mínimo de votos necessários (257) para que uma proposta deste tipo avança na Casa.

“346 votos. Um recado claro da sociedade — a Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto”, escreveu, nas redes sociais.

Segundo matéria do InfoMoney, o pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), foi alvo de críticas do Congresso, do mercado financeiro, e até de parlamentares da base do próprio governo. Também contribuiu para a pressão sobre o projeto, a insatisfação com o ritmo na liberação de emendas, entre elas, as de execução obrigatória.

A urgência acelera a votação do projeto, que agora pode ser pautado direto no plenário, sem a necessidade de avaliação pelas comissões. Apesar disso, não há previsão de quando o mérito deverá ser votado. Havia uma movimentação por parte da Câmara para que a proposta fosse votada ainda na segunda, logo após a aprovação da urgência, o que não correu.

Motta também respondeu, sem citar nomes, a um comentário do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que havia afirmando, na semana passada, que propostas como a do IOF miravam os “moradores de cobertura”, ou seja, pessoas de alta renda que hoje se beneficiam de isenções no mercado financeiro e de apostas.

“Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio. Nao é hora de medir forças. É hora de somar coragem para ajustar as contas e fazer o Brasil crescer de forma sustentável”, disse Motta.

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