Publicado em 18/06/2025 às 21h00.

Ex-assessor de Bolsonaro será mantido preso em batalhão do Exército em Brasília

Medida ocorre após Câmara descumprir uma ordem judicial que proibia o uso de redes sociais, por ele ou por terceiros

Redação
Foto: Reprodução

 

A Polícia Federal informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que o coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, ficará preso nas instalações do Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. A medida ocorre após Câmara descumprir uma ordem judicial que proibia o uso de redes sociais, por ele ou por terceiros.

A prisão foi determinada por Moraes na quarta-feira (18) e cumprida no mesmo dia, às 16h50, na residência do militar, em Sobradinho (DF). O motivo foi uma interação entre Câmara e o também ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, realizada por meio de redes sociais. A comunicação foi relatada ao Supremo pelo advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, que utilizou a conversa para pedir a anulação da delação de Cid.

Na decisão, Moraes afirmou que o advogado “transbordou ilicitamente das obrigações legais de advogado” e classificou o episódio como uma “gravíssima” tentativa de obstrução das investigações sobre a trama golpista envolvendo aliados do ex-presidente.

O ministro também determinou a abertura de um novo inquérito para investigar tanto o advogado quanto Marcelo Câmara, que é réu no chamado Núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado em 2022 — grupo acusado de planejar ações para manter Bolsonaro no poder de forma ilegal.

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