Publicado em 03/07/2025 às 19h16.

Coordenador da APLB rebate Bruno Reis e confirma continuidade da greve dos professores

Sindicalista também respondeu a acusações de atos violentos por parte dos manifestantes; categoria está parada há quase dois meses

Otávio Queiroz
Foto: Divulgação/APLB

 

O coordenador-geral do APLB Sindicato, Rui Oliveira, rebateu nesta quinta-feira (3) as críticas feitas pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil) e seus aliados contra os protestos realizados por professores durante o cortejo cívico do 2 de Julho, em Salvador. Em entrevista ao bahia.ba, Rui defendeu a mobilização da categoria e afirmou que a greve, que já dura 58 dias, será mantida.

Durante as celebrações, Bruno Reis acusou o movimento de instrumentalizar os professores para fins políticos e classificou a paralisação como uma “manobra da oposição”. Rui reagiu afirmando que todo movimento é político, inclusive os do próprio prefeito. “Realizamos um grande protesto, cantando música e valorizando a educação. Todo movimento é político. O prefeito faz a política dele, o governador a mesma coisa. Qual movimento que não é político?”, questionou.

O sindicalista também respondeu a acusações de atos violentos por parte dos manifestantes, feitas por apoiadores do prefeito. Segundo Rui, as agressões partiram de apoiadores da gestão municipal. “Da nossa parte, não teve nenhum ato de violência. Muito pelo contrário, eles nos atacaram. Temos vídeos e fotos de apoiador de Bruno Reis e ACM Neto atacando uma professora”, afirmou, em referência a uma confusão registrada durante o desfile.

Sobre os próximos passos da mobilização, Rui Oliveira informou que a APLB irá realizar um seminário na próxima segunda-feira (7) e uma assembleia na terça-feira (8) para discutir a proposta da prefeitura. “A gente espera, de verdade, que o governo sente e aponte alguma coisa para dar uma solução. Enquanto isso, a greve continua”, declarou ao bahia.ba.

Os professores reivindicam o cumprimento do piso nacional do magistério, fixado em R$ 4.867,77. A Câmara de Salvador aprovou em maio um reajuste de até 9,25%, percentual considerado insuficiente pela categoria.

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