Bruno Reis aponta motivação política em greve dos professores
"Por que aceitaram do estado e o aumento da prefeitura não?, questiona o chefe do Executivo municipal

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), apontou motivação política para a continuidade da greve dos professores da rede municipal. O setor está paralisado há mais de dois meses e uma nova assembleia da categoria está prevista para esta sexta-feira (18).
“Por que para o Estado, eles aceitaram 6,27%, fizeram evento com o governador e aplaudiram e na prefeitura não aceitaram um aumento que no final do dia chegou de 9 a 18%? Essa é a pergunta a ser respondida”, afirmou nesta sexta durante a entrega da duplicação e requalificação da avenida Jorge Amado, na capital baiana.
A greve começou no dia 4 de maio deste ano, após o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) denunciar que a gestão municipal não pagava o piso nacional dos professores, fixado em R$ 4.867,77. No mesmo mês, a Prefeitura aprovou um projeto de reajuste no salário que varia entre 6,27 até 9,25%.
“A gente manteve um diálogo e colocamos no papel compromissos presentes e futuros com a categoria. Quando chegava na assembleia, o acordo não era cumprido e eles voltavam com mais exigências. A Prefeitura chegou no limite dos recursos disponíveis”, disse. “Esperamos que os professores que estão sendo utilizados pelos sindicalistas e líderes políticos que vão para assembleia, porque são candidatos, para insuflar a categoria, entendam a grande crise que estão causando para os pais e milhares de crianças”, continuou.
Segundo o prefeito, os professores da rede municipal recebem, em média, um salário acima de R$ 9.200.
“Hoje, considerando o reajuste que foi dado, considerando o aumento que teve pela incidência as gratificações, os professores de Salvador, sem querer ofender as sensibilidades, ganham acima de R$ 9.200. O que é isso, prefeito? Pega a folha do magistério, divide pelo número de professores e dá um salário em média maior do que R$ 9.200”, explicou.
No dia 7 de maio, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) ordenou a suspensão imediata da greve dos professores com multa diário de R$ 15 mil ao sindicato. Depois, no dia 22, reiterou a ilegalidade do movimento e aumentou a multa para R$ 100 mil por dia. Em 11 de junho, foi a vez do Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Dias Toffoli, manter a decisão do tribunal estadual.
“Então, a gente faz um apelo para que os professores voltem após todas as recomendações do Ministério Público. Já temos hoje mais de 90% das escolas funcionando. Esperamos que até o final do dia, voltem 100%”, finalizou Bruno.
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