Publicado em 05/08/2025 às 11h41.

Félix Mendonça cobra governo Lula por apoio à Bahia em meio a tarifaço de Trump

Parlamentar baiano é o secretário de Relações Internacionais da Câmara dos Deputados

Redação
Foto: Reprodução / Câmara dos Deputados

 

Secretário de Relações Internacionais da Câmara, o deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) cobrou do governo federal uma postura firme frente ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Como representante da Bahia, estado fortemente atingido pelas novas tarifas, o pedetista defendeu duas frentes de atuação: a retomada das negociações diplomáticas para garantir novas isenções tarifárias a produtos como cacau e carne e medidas emergenciais para socorrer os produtores baianos enquanto o impasse não é resolvido.

A decisão do governo americano, que impôs sobretaxas de até 50% sobre diversos itens da pauta exportadora brasileira, afeta diretamente setores estratégicos da economia baiana. Entre os mais atingidos estão o cacau, a manga e o café, todos com forte presença na pauta de exportações da Bahia e grande relevância social e econômica em diversas regiões do estado.

“A Bahia está sendo duramente penalizada. Estamos falando de cadeias produtivas inteiras ameaçadas. Não podemos aceitar que produtores e trabalhadores baianos arquem sozinhos com o impacto dessa medida externa. O governo federal precisa agir com urgência para proteger empregos e garantir renda”, afirmou Félix.

A Bahia é responsável pela maior parcela das exportações brasileiras de cacau. Entre 2020 e 2024, os Estados Unidos representaram, em média, 18% das compras internacionais de derivados de cacau do Brasil, como pó e manteiga. Apesar disso, o produto não foi incluído na lista de exceções à tarifa, o que representa um golpe direto em uma das cadeias produtivas mais tradicionais do estado, com grande concentração na região sul.

Outro produto fortemente prejudicado é a manga. Cerca de 70% da produção baiana tem como destino o mercado norte-americano e, com a nova barreira, estima-se uma perda de até R$ 179 milhões no curto prazo.

“É necessário que o governo federal amplie incentivos fiscais, crie linhas de crédito emergenciais e, principalmente, atue diplomaticamente para reverter essas barreiras. Não se trata apenas de comércio exterior — estamos falando de trabalhadores, de cooperativas, de empresas que podem fechar as portas”, declarou Félix.

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