Publicado em 11/08/2025 às 06h46.

Câmara pautará projetos de exploração infantil após denúncia de Felca

Gesto de presidente da Câmara é reação à denúncia feita por youtuber sobre suposta exploração de menores pelo influenciador Hylato Santos

Gabriela Araújo
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

 

A denúncia feita pelo youtuber Felipe Bressanim, conhecido como Felca, sobre exploração infantil no mundo digital viralizou e mobilizou o Brasil. Ao tomar conhecimento sobre o assunto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que pautará projetos sobre o assunto no Legislativo. 

“Esse é um tema urgente, que toca no coração da nossa sociedade. Na Câmara, há uma série de projetos importantes sobre o assunto. Nesta semana, vamos pautar e enfrentar essa discussão”, disse Motta.

As declarações do paraibano foram dadas nas redes sociais, no último domingo, 10, quando o país celebrou o Dia dos Pais. Na ocasião, ele ainda agradeceu a Felca por expôr o problema social e colocou o Legislativo à disposição para debater o caso. 

 

Entenda o caso

O youtuber Felca publicou um vídeo no YouTube, na última quarta-feira, 6, denunciando a exploração de menores protagonizada pelo influenciador paraibano Hytalo Santos e citando outros casos de exploração de menores.

Veja vídeo

Entre os exemplos utilizados por ele no vídeo, está o de Kamyla Santos. Para Felca, o influenciador Hytalo Santos usa a imagem da jovem para lucrar e, mesmo sendo uma menor de idade, com 17 anos, é explorada.

O youtuber também traz vários trechos de vídeos publicados nas redes sociais de Hytalo com jovens e faz criticas sobre o assunto. Ele ainda fala sobre os possíveis rendimentos obtidos pelo paraibano com o Jogo do Tigrinho.

O vídeo de Felca possui quase 50 minutos de duração e já atingiu mais de 24 milhões de visualizações.

Projetos na Câmara

O Legislativo brasileiro tem um série de projetos que trata sobre a exploração infantil, entre eles, está o PL 2.602/2025, apresentado pelo deputado Waldemar Oliveira (Avante-PE), que discute sobre a atuação de crianças e adolescentes como influenciadores digitais mirins.

A proposta, que entende como influenciador mirim, criança ou adolescente com idade inferior a 16 anos que, de modo regular e com finalidade econômica, prevê diversas regras para a permanência desse público nas redes sociais como forma trabalhista. Entre elas, estão:

  • Autorização judicial para o uso das redes sociais;
  • Horários compatíveis com frequência escolar;
  • 50% das receitas obtidas pelo influenciador devem ser depositadas em caderneta de poupança de banco oficial, e só pode ser movimentada após o influenciador completar 18 anos;
Gabriela Araújo

Jornalista. Repórter de política, com experiência em assessoria de comunicação, social media e rádio. Bicampeã do Prêmio Jânio Lopo de Jornalismo, concedido pela Câmara Municipal de Salvador (CMS).

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