Publicado em 22/08/2025 às 12h18.

Bruno rebate críticas e diz que leilão de áreas verdes tinha ‘potencial construtivo’

Certames foram barrados pela Justiça após repercussão nacional

Gabriela Araújo
Foto: Gabriela Araújo/bahia.ba

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), subiu o tom ao defender o leilão das áreas verdes nesta sexta-feira, 22, que aconteceria na Avenida Sete de Setembro, no bairro do Corredor da Vitória, considerado o metro quadrado mais caro da capital, e no Morro do Ipiranga, na Barra. 

A abertura dos certames para a venda dos terrenos nestes locais gerou uma repercussão nacional, além de uma série de protestos tanto da bancada de oposição, como ambientalistas e também movimentou os grandes nomes da música, como Daniela Mercury, Anitta e Nando Reis.

Durante discurso, o chefe do Executivo afirmou que a intenção do certame era manter as áreas preservadas e disse: “Não podia tirar uma folha, uma árvore, não podia colocar uma pá de cimento no chão”, explicou Bruno Reis, durante a implantação do corredor verde, na Pituba. 

Segundo o prefeito, o local em que foi posto à venda tinha apenas “potencial construtivo”, acrescentou, e emendou falando sobre o terreno da Barra.

“‘Ah, prefeito’. E a outra área na Barra? Vai lá, tem quatro pés de coqueiro, que dá para ser transportada para o lado. Eu sei que as fake news, que espalham por aí, as mentiras e as mentiras, gente, a resposta é o trabalho”, concluiu. 

Justiça embarga leilões

Todos os dois certames, contudo, foram suspensos pela Justiça baiana. O da Avenida Sete de Setembro, no Corredor da Vitória, foi suspenso pela Corte em março de 2024.

A área estimada para a venda do local era de 6.699 m². Antes de anunciar o repasse do local, o prefeito submete um projeto de lei à Câmara Municipal de Salvador (CMS) para apreciação dos vereadores. 

Em caso de aprovação, o gestor municipal dá andamento à medida após a sanção do documento.

Morro do Ipiranga

O Morro do Ipiranga, por sua vez, foi o local que teve a maior mobilização e gerou repercussão nacional quando foi posto à venda. Esta área foi duramente criticada pela bancada de oposição e nomes da música brasileira. 

A suspensão do certame foi confirmada pela Justiça Federal, em abril deste ano, depois de um pedido protocolado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia, que apontou potencial risco ambiental na venda do terreno. O local em questão possui três mil metros quadrados. 

O morro do Ipiranga seria leiloado pela Prefeitura de Salvador, com lance mínimo de R$ 4.945.000.

Gabriela Araújo

Jornalista. Repórter de política, com experiência em assessoria de comunicação, social media e rádio. Bicampeã do Prêmio Jânio Lopo de Jornalismo, concedido pela Câmara Municipal de Salvador (CMS).

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