Publicado em 23/09/2025 às 12h10.

Lula responde a Trump, cita julgamento de Bolsonaro e diz: ‘Soberania é inegociável’

Presidente discursou na ONU e disse que Judiciário deu recado aos "candidatos autocratas"

Gabriela Araújo
Fotomontagem: Ricardo Stuckert/PR; Marcelo Camargo/Agência Brasil; Reprodução/Redes Sociais

 

O presidente Lula (PT) abriu os discursos na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) com fortes recados contra as sanções dos Estados Unidos (EUA)  e ao ex-presidente Jair Bolsonaro e os seus aliados.

Em um trecho da sua fala, o chefe do Palácio do Planalto citou a condenação inédita de um ex-mandatário por tentativa de golpe de Estado. 

“A poucos dias e pela primeira vez em 525 anos da nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito, foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado pelos seus atos em um processo minucioso. Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que a ditadura nega para as suas vítimas. ”, disse o presidente. 

Sem citar nomes, Lula foi além e afirmou que a conclusão do processo judicial contra o seu principal rival político reforça a soberania do país diante dos inúmeros ataques internacionais e desmistifica qualquer .

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e aqueles que os apoiam: Nossa democracia e a nossa soberania são inegociáveis”, afirmou o mandatário sob aplausos dos presentes.

A declaração do presidente Lula (PT) surge em meio às sanções impostas pelo governo Trump contra o Brasil e o Poder Judiciário, sob argumento de que o país estaria fazendo uma espécie de “caça às bruxas” a Bolsonaro. 

O ataque mais recente aconteceu na última segunda-feira, 22, quando o norte-americano anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra a esposa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Além disso, o governo Trump também anunciou o cancelamento do visto do advogado-geral da União, Jorge Messias.

Diante do assunto, o presidente Lula declarou: “Seguiremos como uma nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela. Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral”.

Gabriela Araújo

Jornalista. Repórter de política, com experiência em assessoria de comunicação, social media e rádio. Bicampeã do Prêmio Jânio Lopo de Jornalismo, concedido pela Câmara Municipal de Salvador (CMS).

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