Publicado em 25/09/2025 às 10h39.

Bruno Reis critica APLB após votação do reajuste de professores cair na Câmara

“É uma irresponsabilidade, para ser mediano nas palavras, o que está sendo feito”, afirmou o prefeito

Fredie Ribeiro / Raquel Franco
Foto: Gabriela Araújo/ bahia.ba

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil) criticou o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) por ter interferido na votação do projeto de reajuste salarial dos professores na Câmara Municipal de Salvador (CMS), levando à queda da pauta na Casa. “É uma irresponsabilidade, para ser mediano nas palavras, o que está sendo feito”, afirmou o gestor municipal.

Previsto para ser votado na quarta-feira (24), o projeto de reajuste – acordado entre o Executivo Municipal e o sindicato após meses de negociações, que levaram a uma greve dos professores de quase 80 dias – foi retirado da Casa após o presidente da APLB, Rui Oliveira, ter solicitado que a votação não fosse realizada devido a um impasse nas emendas do projeto.

Para Bruno, o movimento do sindicato teria sido influenciado por “questões políticas ou orientações partidárias”. “O presidente da APLB estadual, que em nenhum momento participou das negociações, que foi encaminhado à Câmara há quase 2 meses, com a anuência deles, chega e pede para não votar, dizendo que não haveria acordo”, disse o prefeito.

“O que nós nos comprometemos, está totalmente cumprido. Então se não há cumprimento do acordo, é por parte da APLB estadual, que já levou esse ano, com uma greve irresponsável, de 73 dias, sem qualquer justificativa”, completou.

O gestor municipal ainda defendeu que os professores da capital receberam o “maior reajuste do Brasil”. “Nós fechamos a folha de setembro, quando você pega o valor, divide pelo número de professores, temos um total de R$ 10,2 mil de média salarial, um reajuste 13,68%. Esse projeto que está aí já são outros benefícios que nós aceitamos conceder”, disse Bruno.

“Então não há justificativa, se há descumprimento é por parte da APLB estadual, que por influência politica ou partidária, quer comprometer mais uma vez o futuro das nossas crianças”, completou.

As declarações foram feitas pelo prefeito em entrevista coletiva durante o evento de lançamento da programação do Natal Luz Salvador 2025.

O que diz a APLB?

Ainda na quarta, logo após a queda da votação, o presidente da APLB, Rui Oliveira, afirmou que o sindicato não buscava “criar obstáculos”, “mas garantir que os direitos da categoria sejam preservados”.

“Nós saímos de uma reunião com a expectativa de que tudo estava encaminhado, mas, no final, o projeto chegou alterado, sem que tivéssemos acesso ao texto atualizado”, afirmou Oliveira.

Já o presidente da Câmara, Carlos Muniz (PSDB), afirmou ter sido pego de surpresa com a retirada do projeto, já que havia um acordo entre as partes. “O presidente da APLB informou no Plenário que o acordo estava desfeito, então não podíamos votar o projeto sem esse entendimento”, declarou o presidente.

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