Vereador propõe proibição de nudez em projetos com verba pública

Sandro Filho defende que apresentações de cunho sexual não sejam financiadas pelo contribuinte e critica exposições voltadas a crianças

João Lucas Dantas / Neison Cerqueira

O vereador Sandro Filho (PP) esclareceu o projeto apresentado à Câmara Municipal de Salvador, que pretende proibir nudez e apresentações de cunho sexual em locais que recebem verbas públicas.

“Hoje a gente não sabe mais dizer o que é arte. Afinal, o que é arte hoje na nossa sociedade? Temos que recuperar o que é arte de verdade, porque hoje a gente não tem mais. Recentemente, eu vi uma exposição que colocava as genitálias, os órgãos sexuais, como algo exposto para crianças”, criticou o parlamentar, em resposta ao bahia.ba.

Para Sandro, quem quiser fazer arte deve fazê-la sem verba pública. “Eu acho que o imposto da população — e a população é majoritariamente contra isso — não deve ser direcionado para esse tipo de projeto. É bem simples, é um projeto fácil de entender. O dinheiro pago pelo cidadão não deve ser destinado a nudez como arte, a projetos que colocam órgãos genitais humanos como expressão artística. Eu sou contra isso”, afirmou o vereador, durante sessão na CMS nesta terça-feira (30).

“Você colocar um indivíduo fazendo uma ‘expressão artística’ na frente de crianças, numa escola, onde ele está nu, colocando o órgão sexual como objeto principal da apresentação, não é arte na minha concepção. Pode até ser para a pessoa que está fazendo, inclusive arte é muito subjetiva. Qualquer um pode entender que é arte ou não é”, concluiu.

Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Cultura e Cidade no portal bahia.ba. DRT: 7543/BA