Publicado em 01/10/2025 às 16h56.

Muniz defende tarifa zero, mas condiciona implementação a haver quem ‘pague a conta’

"O transporte público tem uma conta, e essa conta tem que alguém pagar", afirmou o presidente da CMS

André Souza / Neison Cerqueira
Foto: André Souza/Bahia.ba

 

O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (1º) ser favorável ao modelo de tarifa zero no transporte público, mas condicionou a viabilidade da medida à definição de quem irá arcar com os custos.

“Eu sou a favor do projeto da catraca livre, mas nós temos que saber quem é que vai pagar para que exista a catraca livre. O transporte público tem uma conta, e essa conta tem que alguém pagar. Para que todos possam utilizar sem fazer esse pagamento, o governo federal, o governo do estado e o município, alguém desses entes tem que pagar. Então, antes de pensarmos em fazer algo nesse sentido, eu acho que nós temos que procurar quem vai pagar essa conta”, declarou Muniz.

A fala do presidente está relacionada a comentário do vereador Hamilton Assis (PSOL), que foi contra o projeto de financiamento para o transporte complementar em Salvador, que prevê recursos para a operação do sistema. Na justificativa o psolista afirmou que a posição não representa uma negação à necessidade de melhorias no setor, mas se deve ao fato de defender a implantação da catraca livre como solução estrutural para o transporte público da cidade.

Impasse solucionado

Muniz também comentou a aprovação do Projeto de Lei 03/2025, que altera o Plano de Carreira do Magistério Municipal. A proposta, que gerou impasse entre o Executivo e a APLB Sindicato, foi aprovada por unanimidade após acordo firmado entre as partes.

“Na realidade, é um projeto que foi votado por acordo. Nós queríamos votar esse projeto na semana passada, mas no momento da votação a APLB chegou dizendo que não havia acordo para que fosse votado. O que nós queríamos era que tanto o Executivo como a APLB estivessem de acordo para que nós aqui na Câmara pudéssemos votar. E o que aconteceu hoje foi isso. No primeiro momento em que foi feito o acordo entre o Executivo e a APLB, nós colocamos para votar e graças a Deus acabou esse impasse. A Câmara Municipal está fazendo a parte dela que é beneficiar a população de Salvador”, disse o presidente.

A aprovação encerra semanas de tensão entre professores e vereadores. A negociação resultou na incorporação de seis emendas ao texto original enviado pelo Executivo, após pressão da APLB.

 

 

André Souza

Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

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