O Cravinho nega irregularidades após interdição e afirma que bebidas aguardam laudo da UFBA

Os proprietários do tradicional bar O Cravinho, localizado no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, negaram qualquer irregularidade após o estabelecimento ser interditado preventivamente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) durante uma ação de fiscalização nesta quinta-feira (16).

De acordo com o órgão, a interdição é de caráter preventivo e pode permanecer em vigor por tempo indeterminado. A medida foi adotada diante da preocupação com possíveis riscos à saúde pública relacionados ao consumo de bebidas irregulares, especialmente por conta da presença de substâncias tóxicas como o metanol.

Em nota divulgada, a administração do bar desmentiu as informações que circulam nas redes sociais sobre supostas irregularidades fiscais e falta de alvará de funcionamento. “O Cravinho está com sua documentação regularizada e em pleno cumprimento das normas legais e sanitárias vigentes”, diz o texto.

O comunicado reforça ainda que não há qualquer ilegalidade na produção ou na comercialização da bebida artesanal que tornou o bar famoso. “Não há qualquer irregularidade na produção ou comercialização da cachaça artesanal do Cravinho, reconhecida há mais de quatro décadas pela sua qualidade e tradição”, afirma a nota.

O bar informou também que, no dia 1º de outubro, solicitou um laudo técnico ao laboratório da Universidade Federal da Bahia (UFBA), vinculado ao próprio Ministério da Agricultura, para análise e certificação do produto. A amostra foi entregue no dia 3 de outubro e o estabelecimento aguarda a divulgação do parecer oficial.

Ainda segundo os proprietários, a operação não identificou nenhuma irregularidade no local. O dono do bar informou que comparecerá pessoalmente à sede do MAPA nesta sexta-feira (17) para dar continuidade ao processo de esclarecimento e buscar a liberação da venda do tradicional cravinho, “bebida símbolo do Pelourinho e da cultura baiana”.