Flica 2025: Rita Batista destaca papel da leitura na formação social

Durante sua participação Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), a apresentadora Rita Batista falou com entusiasmo sobre o atual momento da literatura no Brasil e o impacto positivo do aumento das feiras literárias pelo país. A também escritora refletiu sobre as mudanças nas formas de acesso ao livro e à leitura, comparando sua infância em Salvador com o cenário atual.

“Era outra época. A gente não tinha esses investimentos, essas possibilidades. Mas tínhamos as bibliotecas, as coisas aconteciam ali ou nas escolas”, relembrou.

Rita contou ainda que estudou em instituições que inacentivavam o contato com autores e autoras, mesmo que de forma mais limitada e destacou a importância do investimento público e privado na democratização da leitura.

“Eu tive o privilégio de estudar em escolas que faziam essas aproximações. Então, eu não senti falta de uma feira literária, porque estava nesse lugar de privilégio. Mas é ótimo que hoje essas oportunidades existam para quem não tinha esse acesso. O poder público precisa fomentar isso, as editoras junto com seus autores também, para que mais pessoas tenham cheguem à literatura”, acrescentou.

“Temos que passar isso adiante. Dar um livrinho para a criança, começar com ilustrações, com histórias em quadrinhos e depois aprimorar. Mas é claro, isso precisa estar ligado à educação. Não adianta dar uma obra difícil para quem ainda não teve a oportunidade de estudar”, refletiu.

Participando da Flica pelo segundo ano consecutivo, Rita diz estar trabalhando no seu segundo livro, que dá continuidade à sua jornada pessoal e espiritual.

“É muito bom estar na Flica, aqui pertinho de Salvador. Fiquei muito feliz com o convite. No ano passado pensei que seria a primeira e última vez, mas recebi o convite de novo, agora ao lado do Russo Passapusso, um compositor que brinca com as palavras e sabe das coisas”, contou.