Publicado em 05/11/2025 às 20h53.

Jerônimo e Bruno Reis exaltam laços históricos e culturais entre Bahia, França e África

Gestores também celebraram a presença do presidente Emmanuel Macron durante a abertura oficial do Festival Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com a África

Otávio Queiroz / Luana Neiva
Foto: Luana Neiva/bahia.ba

 

A abertura oficial do Festival Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com a África, realizada nesta quarta-feira (5) no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), reuniu autoridades brasileiras e estrangeiras em um momento simbólico para a cooperação cultural e diplomática. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), destacaram o papel da Bahia como elo entre o Brasil, a França e o continente africano, reforçando o valor histórico e afetivo dessa conexão.

Jerônimo Rodrigues ressaltou a relevância da visita do presidente francês Emmanuel Macron, recebida com entusiasmo na capital baiana. “Hoje é um dia muito importante para a história da Bahia. A sua vinda, presidente, e esse encontro com o Benin aqui em Salvador representam um marco na construção das nossas relações culturais”, afirmou o governador, lembrando que a escolha do MAM, às margens da Baía de Todos-os-Santos, traz consigo um forte simbolismo histórico.

O governador destacou ainda o caráter de reconciliação e resgate da memória africana na Bahia, pontuando que o evento ocorre em um local onde o passado se mistura à resistência e à arte. “Foi por aqui que os escravos chegaram, foi por aqui que construímos nossa relação com a África, e hoje voltamos para promover um encontro da juventude, discutir o presente e projetar o futuro”, disse Jerônimo.

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também celebrou a presença de Macron e enfatizou a importância cultural do evento, lembrando que é a primeira vez na história que a capital baiana recebe um presidente francês. “Seja bem-vindo à primeira capital do Brasil, a cidade mais negra fora da África. É motivo de muito orgulho recebê-lo aqui”, declarou.

Bruno destacou as semelhanças entre Bahia e França, que se refletem tanto nas cores das bandeiras quanto nas relações diplomáticas e culturais que ultrapassam dois séculos. “Temos muito que nos une nesses 200 anos de relações bilaterais, principalmente nos aspectos culturais e econômicos. Os jovens representam a esperança de um futuro melhor e de relações ainda mais profundas entre o Brasil, a França e a África”, completou o prefeito.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, anfitriã do festival, reforçou o caráter simbólico da celebração, marcada pelo diálogo entre gerações e pela valorização das origens africanas do povo brasileiro. “Esse evento não é apenas uma celebração cultural, mas uma prova do poder de conexão entre nossas nações e nossos povos. Estamos em Salvador, cidade sinônimo de diversidade e resistência, onde a arte é uma revolução sem armas”, afirmou.

Margareth também destacou a atuação do presidente Lula na retomada das relações internacionais, especialmente com países africanos. “Tem sido uma honra acompanhar o presidente nas viagens e ver a maneira como ele incentiva o multilateralismo. Ver Brasil e França, com suas soberanias, dando exemplo de cooperação e oportunidades sinceras é motivo de orgulho”, completou.

Festival celebra os 200 anos de amizade entre Brasil e França

O Festival Nosso Futuro Brasil-França: Diálogos com a África faz parte da temporada cultural França-Brasil e celebra os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Com o tema “juventude e futuro”, o evento propõe o fortalecimento de laços culturais e a construção de parcerias voltadas à sustentabilidade, diversidade e inovação.

Durante os próximos dias, a programação reúne artistas, pesquisadores e lideranças culturais do Brasil, da França e de diversos países africanos, com exposições, apresentações musicais e painéis sobre identidade, arte e cooperação. Salvador foi escolhida para sediar a abertura por ser considerada o principal ponto de convergência entre o Brasil e o continente africano, tanto histórica quanto culturalmente.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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