Desembargadores são investigados por fraudes contra o Banco do Nordeste

Entre os suspeitos está a desembargadora Nelma Sarney, cunhada do ex-presidente Jorsé Sarney

Heber Araújo

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou que seja aberto um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra sete magistrados e suspeitos integrarem um esquema de corrupção Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA). Segundo a denúncia, os magistrados participaram de “uma organização criminosa” que articulava decisões fraudulentas contra o Banco do Nordeste.

Entre os nomes acusados, segundo afirmou o UOL, está a desembargadora Nelma Sarney, que atuava como a corregedora-geral de Justiça. Ela é cunhada do ex-presidente José Sarney. A magistrada e os demais seis ministros acusados foram afastados dos cargos, por determinação do corregedor nacional de Justiça, Mauro Luiz Campbell, relator do caso.

Segundo o corregedor, o esquema envolvia a corrupção de desembargadores e juízes, estes que se encarregavam de proferir decisões em desacordo com as normas.

“Esses relatórios indicavam a existência de transações suspeitas e apontavam para a ocorrência de diversas movimentações atípicas de levantamento de alvarás em processos fraudulentos, causando prejuízo ao Banco do Nordeste, mediante o proferimento de decisões judiciais suspeitas”, disse Campbell, em seu voto pela abertura do PAD.

A investigação está sendo apurada na vara criminal do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e começou a ser investigada após uma sindicância que foi aberta com base em relatórios financeiros do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).