Jornalista, apaixonado por comunicação e cultura, pós-graduando em Jornalismo Contemporâneo e Digital. Atualmente integra as redações do Bahia.ba e do BNews, escrevendo principalmente sobre entretenimento, mas transitando também por outras editorias. Com passagens pelos portais Salvador Entretenimento e Voz da Cidade, tem experiência em reportagem, assessoria e Social Media.
Publicado em 18/11/2025 às 16h30.
Consciência Negra: autores baianos fortalecem a literatura infantil afrocentrada
Conheça quatro escritores que trabalham ancestralidade, afetividade e afrocentrismo em suas obras
Edgar Luz

No Dia da Consciência Negra, marcado em 20 de novembro em homenagem a Zumbi dos Palmares, o Studio Palma reúne autores que trabalham temas ligados à identidade afro-brasileira na literatura infantil. A proposta destaca produções que tratam de ancestralidade, afetividade e perspectivas afrocentradas na formação das infâncias.
Os escritores baianos Gilmara Belmon, Marcos Cajé, Márcia Mendes e Regina Luz integram o grupo de autores acompanhados pelo Studio Palma. Segundo a curadora e idealizadora do espaço, Ester Figueiredo, a atuação desses escritores está relacionada à construção de narrativas que abordam identidade e representação para o público infantil.
Gilmara Belmon
Pedagoga, contadora de histórias e Mestra em Educação pela UEFS, Gilmara Belmon teve o primeiro contato com a literatura ainda na infância, mas sem referências que a representassem. Na adolescência, escreveu os primeiros textos, que destruiu por não se ver como escritora. A produção autoral começou apenas na idade adulta, inicialmente por meio de prefácios.
Seu livro mais recente, “A Magia da Colcha de Retalhos”, aborda a relação entre uma menina e sua mãe, costureira que enfrenta problemas de visão decorrentes do diabetes. A narrativa utiliza memórias familiares como eixo central. Gilmara possui dois livros solo, três prefácios e participação em dez obras coletivas, incluindo Pretinhos e Pretinhas Incríveis, organizado por Marcos Cajé.
Marcos Cajé
Marcos Cajé é pedagogo e Mestre em História da África, da Diáspora e dos Povos Indígenas (UFRB). Ele relata que também não encontrou, na infância, livros que representassem crianças negras. Começou escrevendo para o público adulto, mas passou à literatura infantil após buscar um livro para presentear uma criança e não encontrar personagens ou narrativas que dialogassem com essa experiência.
Atualmente com 20 livros publicados, Cajé lançou, em 15 de novembro, “O Mar de Kumi”, que acompanha a primeira visita de um menino negro ao mar. A obra apresenta elementos associados ao medo, à descoberta e à relação com o ambiente.
Márcia Mendes
Mestra em Ensino pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e curadora da Feira Literária de São Sebastião do Passé (FLIPASSÉ), Márcia Mendes desenvolve trabalhos voltados às infâncias negras no contexto escolar e familiar. Ela é idealizadora do projeto “Um livro para chamar de meu”, criado há oito anos, que distribui livros a crianças com pouco acesso à literatura.
Em suas publicações, aborda situações cotidianas e relações afetivas entre personagens. Sua obra mais recente, “O vestido de poá de lavanda”, feita manualmente, apresenta uma narrativa centrada na confecção de um vestido enquanto duas personagens refletem sobre tempo e memória.
Regina Luz
Escritora e educadora, Regina Luz tem seis livros publicados, quatro deles voltados às infâncias. Seu contato inicial com a literatura ocorreu por meio das histórias contadas pela avó, e seu primeiro livro saiu aos 18 anos. Para ela, a escrita está ligada ao acesso de crianças negras a narrativas em que possam se reconhecer.
Sua nova obra, “Meu Sonho Cor do Luar”, acompanha Chica, uma menina que busca informações sobre sua ancestralidade a partir de registros disponíveis em uma biblioteca. Durante a trajetória, ela descobre ser descendente da poetisa Auta de Souza, considerada a primeira escritora negra publicada no Brasil. O livro está disponível na livraria LDM.
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