Sandro Filho critica base do governo após projetos serem derrubados na Câmara

O vereador Sandro Filho (PP) fez duras críticas à base do governo municipal durante a última sessão ordinária de 2025 na Câmara de Salvador, realizada nesta quarta-feira (17). Em discurso no plenário, o edil afirmou que teve projetos de sua autoria derrubados sem aviso prévio, apesar de, segundo ele, haver um acordo estabelecido entre os aliados.

Um dos casos citados envolve o Projeto de Lei nº 486/25, que trata da sinalização ostensiva dos equipamentos e aparelhos eletrônicos de fiscalização (radares) na capital baiana.

O projeto foi rejeitado durante a sessão pelo vereador Sidninho (PP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com parecer favorável dos relatores.

De acordo com Sandro, além desse projeto, outras duas proposições de sua autoria foram retiradas da pauta, o que inviabilizou qualquer aprovação na última sessão do ano. O parlamentar afirmou ainda que não houve diálogo prévio nem comunicação por parte da base governista sobre a mudança de posição.

“A bancada do governo precisa se unir. É feito um acordo, pensamos em aprovar uma quantidade de projetos, mas quando chega na sessão ou faltando um dia para a sessão, derruba todos os projetos sem falar com ninguém”, disse o vereador, em tom de insatisfação.

“Eu não recebi uma ligação, ninguém falou comigo e derrubaram todos os meus projetos. Aí eu tive que me desdobrar, correr, falar com todo mundo, colocar mais projetos para passar e não consegui”, acrescentou

“Por isso eu estou registrando que o ano está acabando e eu não estou aprovando nenhum projeto de lei na votação de hoje porque a própria bancada do governo não me ajudou”, concluiu Sandro Filho.

O parlamentar ressaltou que as matérias apresentadas estavam alinhadas com pautas de interesse da própria base do Executivo municipal, o que, em sua avaliação, tornava o acordo previamente firmado ainda mais natural. Realizada nesta quarta, a última sessão ordinária marca o encerramento dos trabalhos legislativos na CMS em 2025.