Salvador e cidade do Recôncavo se destacam em balanço nacional do IBGE sobre o PIB

Os municípios de Salvador e São Francisco do Conde se destacaram no balanço do PIB dos Municípios 2022-2023, divulgado nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capital baiana figura na 13ª posição entre os 25 municípios com maiores participações no indicador nacional. As informações são dos portais Agência Brasil e g1.

Já o município do Recôncavo Baiano, impulsionado pela indústria petroleira que é forte na região, possui o 2º maior PIB per capita do país e o maior do Norte-Nordeste. As duas cidades são as únicas do estado a aparecerem em suas respectivas listas.

Confira as listas completas:

Os 25 maiores municípios em relação ao PIB

1º- São Paulo (SP) (R$ 1.066.825.105, equivalente a 9,75% do PIB)

2º- Rio de Janeiro (RJ) (R$ 418.462.360, equivalente a 3,82% do PIB)

3º- Brasília (DF) (R$ 365.669.108, equivalente a 3,34% do PIB)

4º- Maricá (RJ) (R$ 134.092.034, equivalente a 1,23% do PIB)

5º- Belo Horizonte (MG) (R$ 130.197.671, equivalente a 1,19% do PIB)

6º- Manaus (AM) (R$ 127.649.795, equivalente a 1,17% do PIB)

7º- Curitiba (PR) (R$ 120.065.276, equivalente a 1,10% do PIB)

8º- Osasco (SP) (R$ 119.404.053, equivalente a 1,09% do PIB)

9º- Porto Alegre (RS) (R$ 104.743.272, equivalente a 0,96% do PIB)

10º- Guarulhos (SP) (R$ 97.557.674, equivalente a 0,89% do PIB)

11º- Campinas (SP) (R$ 91.968.328, equivalente a 0,84% do PIB)

12º- Fortaleza (CE) (R$ 86.939.832, equivalente a 0,79% do PIB)

13º- Salvador (BA) (R$ 76.698.777, equivalente a 0,70% do PIB)

14º- Niterói (RJ) (R$ 76.268.005, equivalente a 0,70% do PIB)

15º- Goiânia (GO) (R$ 75.780.846, equivalente a 0,69% do PIB)

16º- São Bernardo do Campo (SP) (R$ 71.965.791, equivalente a 0,66% do PIB)

17º- Barueri (SP) (R$ 71.646.710, equivalente a 0,65% do PIB)

18º- Duque de Caxias (RJ) (R$ 70.068.007, equivalente a 0,64% do PIB)

19º- Paulínia (SP) (R$ 67.067.300, equivalente a 0,61% do PIB)

20º- Recife (PE) (R$ 66.351.305, equivalente a 0,61% do PIB)

21º- Jundiaí (SP) (R$ 65.418.378, equivalente a 0,60% do PIB)

22º- Saquarema (RJ) (R$ 64.701.140, equivalente a 0,59% do PIB)

23º- São José dos Campos (SP) (R$ 61.394.524, equivalente a 0,56% do PIB)

24º- Sorocaba (SP) (R$ 58.816.286, equivalente a 0,54% do PIB)

25º- Betim (MG) (R$ 52.614.325, equivalente a 0,48% do PIB)

20 Municípios com maiores PIB per capita em 2023

1º- Saquarema (RJ) 722.441,52

2º- São Francisco do Conde (BA) 684.319,23

3º- Maricá (RJ) 679.714,48

4º- Paulínia (SP) 606.740,73

5º- Presidente Kennedy (ES) 537.982,68

6º- Ilhabela (SP) 424.535,26

7º- Santa Rita do Trivelato (MT) 409.443,67

8º- Louveira (SP) 388.732,46

9º- São João da Barra (RJ) 382.417,42

10º- Extrema (MG) 377.790,63

11º- Gavião Peixoto (SP) 369.126,5

12º- Santo Antônio dos Lopes (MA) 362.455,53

13º- Indianópolis (MG) 348.422,72

14º- Queiroz (SP) 335.620,33

15º- Selvíria (MS) 330.535,28

16º- Muitos Capões (RS) 330.080,63

17º- Campos de Júlio (MT) 329.299,37

18º- Catas Altas (MG) 325.175,25

19º- Santo Antônio do Leste (MT) 320.476,29

20º- São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) 317.824,61

Dados Gerais

Vinte e cinco municípios representaram 34,2% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços produzidos no Brasil. O estudo do IBGE foi feito em parceria com os órgãos estaduais de estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

As três primeiras cidades no topo da lista são São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. De acordo com o analista do IBGE, Luiz Antonio do Nascimento de Sá, essas três cidades se mantêm nas primeiras posições desde o início da série histórica, em 2002, mas vêm perdendo participação gradativamente ao longo dos anos.

O ranking ainda inclui 11 capitais, nove municípios paulistas, quatro fluminenses e um mineiro. Segundo o estudo, cem municípios concentram 52,9% do PIB do Brasil.

Em 2023, as capitais, incluindo Brasília, representavam 28,3% do PIB brasileiro e as não capitais, 71,7%.

O bom desempenho do setor de serviços impulsionou as capitais a aumentar participação no PIB em 2023: São Paulo teve o maior ganho de participação (0,4 ponto percentual-p.p), chegando a 9,7% do PIB nacional, seguido por Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com aumentos de 0,1 p.p., cada. Belo Horizonte variou próximo a 0,1 p.p. e permaneceu entre as capitais com maior peso.

Das 30 cidades que mais perderam participação no PIB, sete tiveram perda relacionada à extração do petróleo, incluindo os cinco primeiros da lista: Maricá (RJ), Niterói (RJ), Saquarema (RJ), Ilhabela (SP) e Campos (RJ).  Nove municípios com a atividade principal de indústria de transformação também tiveram perda de participação no PIB.

As seis cidades com maior PIB per capita estão vinculadas à extração e refino do petróleo.

“É curioso observar que os municípios no topo dessa lista estão ligados ao petróleo mesmo num contexto desfavorável a essa commodity. Mas alguns campos de petróleo entraram em produção. Embora nacionalmente essa atividade extrativa tenha perdido participação, alguns campos começaram a operação em 2023 beneficiando algumas cidades”, disse o analista do IBGE.

Saquarema (RJ) liderou o PIB per capita de 2023, com R$ 722,4 mil por habitante. Entre as capitais, o maior foi Brasília (DF), com R$ 129,8 mil, que é 2,41 vezes maior que a média nacional (R$ 53,9 mil).

O município que apresentou o menor PIB per capita do país foi Manari (PE), com R$ 7.201,70. Quatro dos cinco menores estavam no Maranhão: Nina Rodrigues, com R$ 7.701,32; Matões do Norte, com R$ 7.722,89; Cajapió, com R$ 8.079,74; e São João Batista, com R$ 8.246,12.