Alvo da PF, Sóstenes Macedo se defende: ‘A investigação não tem nexo’

O líder do PL na Câmara, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (RJ), alvo da Operação Galho Fraco, da Polícia Federal, nesta sexta-feira (19), afirmou que é vítima de perseguição política por integrar a direita e que os R$ 430 mil em dinheiro vivo apreendidos em um endereço ligado a ele são provenientes da venda de um imóvel em Minas Gerais.

A PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra Sóstenes e contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), ambos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A operação, autorizada pelo ministro Flávio Dino, do STF, investiga supostos desvios de recursos da cota parlamentar, especialmente por meio de contratos com uma empresa de locação de veículos suspeita de irregularidades.

Em entrevista, Sóstenes afirmou que a investigação “não tem nexo” e classificou a ação como mais um episódio de perseguição política. Ele também estranhou o momento da operação, poucos dias após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) lançar sua pré-candidatura à Presidência.

Sobre o dinheiro apreendido, o deputado disse que o comprador do imóvel optou por pagar em espécie e que o valor ainda não havia sido depositado.

Segundo ele, o bem está declarado no Imposto de Renda, embora tenha apresentado inconsistências sobre as datas de compra e venda do imóvel, que não constava na declaração à Justiça Eleitoral de 2022.

A PF apura se uma locadora contratada com recursos da cota parlamentar continuou recebendo pagamentos mesmo após ser dissolvida irregularmente.

Sóstenes negou irregularidades, afirmou que não cuida diretamente desses contratos e disse que utiliza o veículo alugado, o que poderia ser comprovado por registros da Câmara.

Ao todo, sete mandados são cumpridos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. A operação não ocorreu nos gabinetes parlamentares em Brasília.